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População estava consumindo água tratada com produto químico vencido, denuncia vereadora

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Ray Melo, da redação de Ac24horas
raymelo.ac@gmail.com


Um produto químico identificado como polímero/floculante pode está causando sérios problemas de saúde a população da capital sem que ela perceba. A água consumida pelos moradores de Rio Branco estava sendo tratada com uma substância vencida desde 2009. Um alerta do fabricante informa que o uso polímero/floculante poder causar sérios danos à saúde dos consumidores que foram expostos ao produto que continuava sendo usado normalmente nas estações de tratamento até a última sexta-feira, 30/08.

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A denúncia foi apresentada pela vereadora Eliane Sinhasique (PMDB), que colheu relatos de pessoas que identificaram problemas de irritação de pele, após tomar banho com a água que é distribuída pelo Saerb. “Uma moradora do bairro Sobral informou  que seus filhos estavam com irritação e coceira constantemente. Ela chegou a conclusão que o problema se agravava depois que dava banho em seus filhos com a água distribuída pelo Saerb”, revela a vereadora.


A vereadora acionou nesta segunda-feira (2), a Procuradoria de Defesa do Consumidor que enviou um fiscal ao ETA 1 na Sobral e constatou que o produto estaria com a data de validade ultrapassada. O representante do MP detectou ainda que servidores da autarquia estariam pintando os barris de metal onde estaria acondicionado o polímero/floculante.


Atualmente, o produto não é mais comercializado em embalagens metálicas.


A data de validade do produto químico que estaria sendo utilizado no tratamento da água consumida na capital seria de 17 de abril de 2009.


 


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O coordenador da ETA 1 – identificado como Macário, informou que a substância estaria sendo usada na estação. Na presença da vereadora e do fiscal do MPE, o servidor fechou um registro que segundo ele, seria o que colocaria o produto na água que é distribuída aos bairros de Rio Branco.


“Isso é gravíssimo. É inadmissível que se faça uso de um produto vencido. Tenho depoimentos de servidores que comprovam que a água estava sendo tratada com esta substância que está acondicionada em toneis enferrujados. Podemos identificar facilmente que os barris estavam sendo pintados para esconder a irregularidade. As machas de tinta estão no chão. Fiquei surpresa com a placa que foi colocada nesta segunda informando que polímero seria descartado”, diz Eliane Sinasique.


Segundo a vereadora, na visita que fez a estação de tratamento na última sexta-feira, pode comprovar que não existia nenhum aviso no local. Servidores confirmaram o uso da substância química. Ela destaca ainda que uma publicação da Agência de Notícias do Acre teria informado que em abril deste ano, o Estado adiquiriu uma grande quantidade de insumos para tratamento de água, mas não teria sido


disponibilizado nas estações de tratamento.


A Promotoria do Consumidor do Ministério Público do Acre (MPE-AC) deverá propor uma ação de improbidade administrativa para apurar a responsabilidade dos gestores do Saerb e Depasa, órgãos responsáveis pelo tratamento e distribuição de água no Acre. Alguns sintomas estariam sendo relatados por consumidores que utilizam a água.


Ardência nos olhos, irritações na pele e uma forte coceira seriam as ocorrências mais frequentes entre os consumidores.


 


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