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Dia de protestos de divulgadores da TelexFree causa transtornos à população de Rio Branco

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Ray Melo, da redação de ac24horas
raymelo.ac@gmail.com


O dia de protestos dos divulgadores da TelexFree, na segunda-feira (1o), parece não ter surtido efeito para revogar a decisão judicial que bloqueou os pagamentos da empresa e proibiu a realização de novos cadastros, mas causou transtornos à população de Rio Branco e dividiu opiniões sobre até onde vão os direitos do manifestantes que suprimiram o direito de ir e vir dos cidadãos.

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Os manifestantes fecharam a Benjamin Constant na frente ao Fórum Barão do Rio Branco, nas primeiras horas da manhã, e só saíram do local após a divulgação que o caso TelexFree não entraria na puta de julgamento do Tribunal de Justiça do Acre. Com a negativa da corte, os divulgadores resolveram fechar as pontes que ligam o primeiro ao segundo distrito da capital.


Depois de algumas horas de caos no trânsito, os manifestantes desobstruíram as pontes Coronel Sebastião Dantas, Juscelino Kubitschek e a Quarta Ponte. Os divulgadores utilizaram um trio elétrico e contaram até com apoio de deputados estaduais que acompanharam a manifestação na frente do prédio da Assembleia Legislativa, contra a decisão da judicial que bloqueou R$ 6 bilhões.


Os protestos revoltaram parte da população que se sentiu prejudicada, e pede que as autoridades estaduais tomem providências para evitar que divulgadores do Acre e de outros estados assumam o controle das vias e pontes, impedindo o trânsito de fluir nos horários de pico. Os apoiadores da TelexFree permaneceram nas ruas até o final da tarde de segunda-feira.


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Eles prometem voltar com força total na terça-feira (2). De acordo com os organizadores do movimento, o alvo das novas manifestações será a Assembleia Legislativa do Acre. Os divulgadores vão ao Poder Legislativo pedir que os deputados estaduais abracem a causa e intercedam para reverter  a decisão da juíza Thaís Borges, titular da 2ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco.


Segundo o juiz do 3˚Juizado Especial Cível de Rio Branco, Giordane de Souza Dourado, as manifestações dos investidores da TelexFreee excederam o direito de protesto. Para ele, os protestos se “converteram em instrumento de desarmonia social, prejudicando pessoas que não possuem nenhuma ligação com o problema”.


O juiz acrescenta que o governo do Acre estaria plenamente legitimado pela Constituição para usar a força e restabelecer a ordem. “É muito tolo imaginar que protestos são capazes de revogar decisão judicial devidamente fundamentada. A questão deve ser decidida em juízo, e não por meio de ameaças e transtornos causados à população”, enfatizou o juiz nas redes sociais.


Sobre os protestos, a promotora de Justiça, Alessandra Marques foi enfática ao afirmar que o MP e o Judiciário não estão sujeitos à vontade popular. “Tanto o MP quanto o Judiciário estão adstritos ao Direito, de forma que não estão sujeitos à vontade popular enquanto força modificadora de seus atos, sendo que, constitucionalmente, são os Poderes Legislativo e Executivo que devem estar atentos aos anseios populares, pois são os representantes do povo, verdadeiro titular do poder”.


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