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Câmara pode abrir CPI para investigar o IBOPE e outros institutos de pesquisas

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Jairo Carioca – da redação de ac24horas


Após vários erros registrados por institutos de pesquisas em todo o Brasil, nas eleições municipais deste anos, o assunto poderá ser investigado pela Câmara dos Deputados. 225 assinaturas fazem parte do requerimento apresentado oficialmente pelo líder do PDT na Câmara, deputado André Figueiredo (CE). O pedido é de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a atuação de institutos de pesquisa na divulgação de pesquisas nas últimas eleições municipais. Resultados da pesquisa de primeiro turno em Rio Branco fazem parte do infográfico que apresenta erros em 21 das 26 cidades do Brasil.

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O requerimento contém 225 assinaturas, que ainda serão conferidas pela Mesa para confirmar se, de fato, foi atingido o número mínimo exigido, de 171 deputados. Não existe informação de quais deputados federais do Acre assinaram o pedido de CPI.


Ainda segundo a Agência Câmara, no primeiro turno das eleições municipais, em 21 das 26 capitais onde teve disputa para a prefeitura houve algum erro nas pesquisas eleitorais divulgadas às vésperas da votação. Em Rio Branco, a previsão errada do IBOPE nas intenções de votos está fora da margem de erro. O Instituto registrou 34% para o candidato Tião Bocalom, os dados do TSE confirmaram 43,85%. A margem de erro do atual prefeito eleito, Marcus Alexandre, ficou dentro do percentual permitido.



As pesquisas do IBOPE realizadas em Rio Branco, foram impugnadas em sua totalidade ou parcialmente, no primeiro e segundo turno das eleições pela juíza Maha Manasfi. Um dos relatórios criticou o instituto que associou  no questionário de pesquisa o programa Ruas do Povo –  que só existe no Acre – com item de calçamento de ruas e avenidas utilizado pelo instituto em outros lugares do País. A juíza entendeu como ponto “extremamente frágil enquanto fundamento idôneo”.


Também em Curitiba houve erro. As últimas pesquisas – tanto do Datafolha quanto do Ibope – mostravam o atual prefeito, Luciano Ducci (PSB), em segundo lugar e Gustavo Fruet (PDT) em terceiro. Mas as urnas inverteram essa ordem, o que eliminou Luciano Ducci da disputa do segundo turno, que ficou entre Ratinho Júnior (PSC) e Fruet.


Para o relator da proposta de reforma política da Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), as “pesquisas erradas” podem influenciar o processo eleitoral. “O eleitor não fica totalmente livre, porque muitas vezes você induz uma polarização. A pessoa é levada a abandonar seu candidato porque ele aparece em terceiro lugar na pesquisa, e ela migra para um voto útil porque quer derrotar outro candidato. Isso é um tipo de manipulação do processo eleitoral”, afirma.


 


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