Jairo Carioca, da redação de ac24horas
A situação de momento anunciada pelo presidente do Sindicato dos Postos de Combustíveis do Acre, José Magid, em agosto deste ano, ainda continua. O Rio Madeira registra uma das maiores secas. Este ano já foram registrados mais de 20 acidentes com embarcações, a maioria deles causados pelo acúmulo de areia e troncos de árvores. Os troncos espalhados pelo leito do Rio provocam o que os barqueiros chamam de efeito “palito” [furo nas embarcações]. A Marinha já identificou mais de 32 pontos críticos de navegação.
O canal navegado mudou de lugar. As balsas que abastecem os Estados de Rondônia e Acre e o norte do Mato Grosso navegam com 60% de sua capacidade de carga para evitar encalhamentos. Caminhões saindo do Estado de São Paulo estão ajudando a abastecer as cidades. A viagem que durava oito dias, aumentou para 15, além disso, R$ 0,10 centavos foram repassados da distribuidoras para os Postos. Em algumas cidades, apenas R$ 0,05 centavos foram repassados como aumento para o consumidor.
A existência de vários bancos de areia e troncos de árvores torna o transporte mais difícil para mais de 40 mil pessoas por ano. Antes do recesso parlamentar, a Assembleia Legislativa do Acre travou um debate com relação à construção da Ponte do Rio Madeira, mas algumas promessas para providências na execução da obra ficaram apenas no discurso.
Os resultados do Comitê Parlamentar de Defesa da Construção da Ponte sobre o Rio Madeira, criado em agosto deste ano não foram divulgados, ou sequer aconteceram. Estava marcado para o mês de setembro, uma caravana do Acre que ia se reunir com deputados estaduais, federais, senadores e governo do Estado de Rondônia, a intenção era criar um movimento conjunto.
Os acreanos pretendem rediscutir a questão a partir de uma nova premissa, a de que a ponte vai beneficiar não apenas Acre e Rondônia, mas também Mato Grosso e estados do sul-sudeste, que buscam exportar pelos portos peruanos.
