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Caçambeiros reclamam falta de pagamento do Deracre por serviços prestados durante a “Operação Cidade”

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Jairo Carioca,
da redação de ac24horas
jscarioca@globo.com


“Mal pagador!” Essa é a fama do engenheiro Marcus Alexandre, ex-diretor do Deracre e candidato do PT para a prefeitura de Rio Branco. A reputação é dada por alguns caçambeiros que trabalharam durante a Operação de Limpeza da Cidade (pós alagação)  e que estão sem receber desde o dia 15 de março. “O esquema é muito além do que estão pensando”, disse Natalino Queiroz, representante do grupo de 09 profissionais que se dizem no prejuízo. Segundo o motoristas, “cada setor do Deracre responsável pela contratação e pagamento dos serviços prestados tem uma desculpa diferente para o atraso”.

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A reportagem procurou um dos nomes mais citados durante a gravação desta denúncia, o subchefe do setor de transportes do departamento, Anderson Santana. Ele admitiu a falta de orçamento.


– Somente com a ação de limpeza da cidade foi gasto R$ 500 mil. Eram 13 equipes, faltou orçamento. Somente esta semana é que o dinheiro caiu na conta do Estado; existe uma burocracia muito grande, as empresas estão adiantando os pagamentos para evitar maiores problemas – explicou Anderson.


COMO FUNCIONOU A LOGISTICA


Segundo técnicos do governo do Estado com quem a reportagem conversou, a demanda de contratação de veículos para o socorro às vitimas da enchente era enviada pelo governo ou a prefeitura para o setor de transportes do Deracre. O departamento contratou empresas terceirizadas para a locação de caminhões e, posterior, para o serviço de limpeza coordenado pelo engenheiro Marcus Alexandre. As empresas contratadas foram: A. R., de propriedade do senhor Alcemir, a JMG Oliveira e a Transterra.


Sem o repasse dos recursos para o cumprimento dos contratos firmados com os caçambeiros e a pressão exercida pelos profissionais, uma operação foi pensada no início desta semana, na tentativa de blindar o nome de Marcus Alexandre, homologado como candidato do PT à prefeitura de Rio Branco.



FINANCIAMENTOS


A ordem foi para que as empresas contratadas retirassem empréstimos junto a instituições financeiras na tentativa de quitar os débitos com os caçambeiros. Por telefone (e na presença da reportagem), o subchefe de transportes do Deracre, Anderson Santana, consultou uma das gerentes de empresas, identificada como Márcia, sobre a liberação do adiantamento. Para sua surpresa, recebeu uma negativa como resposta.


Até o final da tarde de ontem, somente a empresa A. R conseguiu liberar financiamento para adiantar o pagamento aos caçambeiros atrasados. O fato foi confirmado por Natalino Queiroz. Em entrevista ao jornalista Freud Antunes, do Jornal A Tribuna, ontem à tarde, o novo diretor presidente do Deracre, Joselito de Nóbrega, deu uma nova versão ao fato, informando que para receber os atrasados, os caçambeiros devem somente se dirigir até o órgão.


– Tem colegas nosso que já gastou todo o óleo que tinha atrás de receber no Deracre, entrou em depressão sem ter o que comer em casa. Além disso, outros foram chamados para adesivar seus carros com a promessa de um novo contrato na recuperação de ramais. Ficou mais uma vez na promessa. Ai ninguém foi atrás de outro serviço. O senhor Marcus Alexandre foi para a televisão e disse que estava tudo resolvido – , disse Queiroz.


Ainda segundo Queiroz, na Sensur existem mais de 40 caminhões com pagamentos atrasados. A prefeitura, segundo o representante, desmobiliza novas reivindicações prometendo novos contratos. A reportagem tentou sem sucesso falar por telefone com o secretário Cesário Braga.


DINHEIRO TEM – O Ministério da Integração liberou no dia 12 de junho, o valor de R$ 12,03 milhões para a Defesa Civil do Acre, volume destinado a obras e serviços de recuperação de enchentes.


O representante dos caçambeiros promete mobilizar os demais colegas durante a sessão desta quarta (27) na Câmara Municipal, na tentativa de buscar apoio das autoridades competentes para a resolução do impasse. A comitiva deve chegar até a Assembleia Legislativa.


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