Jairo Carioca,
da redação de ac24horas
jscarioca@globo.com
A mãe do garoto Fabrício, Ruth Rebouças, disse hoje pela manhã a reportagem do ac24horas, durante audiência de instrução acerca do caso, que até hoje a família não sabe os resultados dos exames de DNA de 79 fragmentos de ossos encontrados no Rio Acre. A irmã do garoto, sumido a 799 dias, Raquel Cristine, também lamentou a falta de informações.
– A família assiste mais uma vez os bandidos que confessaram assassinar nosso irmão, rindo da cara da gente, isso é humilhante – disse emocionada a irmã de Fabrício.
Os fragmentos foram coletados através da intensificação das investigações através da atuação da Força Nacional. Os locais onde foram coletados as possíveis provas foram mapeados através de GPS, mas nenhuma resposta sobre os exames foi divulgada publicamente.
Apesar dos protestos da família que encheu de faixas e cartazes a entrada da 4ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco, o clima é tranqüilo e o movimento maior é de jornalistas em busca de mais informações sobre o caso.
Durante toda manhã estão sendo ouvidos os acusados os acusados Leonardo Leite de Oliveira (o “Doidinho”) e Edvaldo Leite de Oliveira, além de três testemunhas relacionadas pelo Ministério Público Estadual (MPE), entre elas, o delegado de Polícia Federal Milton Rodrigues Neves.
Ao todo, são seis os acusados de sequestrar o estudante Fabrício Augusto Souza da Costa, desaparecido há mais de dois anos. Além dos dois que serão interrogados nesta quinta, respondem pelo crime os acusados: Miguel Rodrigues do Carmo (o “Tatu”), Helington Rodrigues de Castro, Djair Oliveira de Souza (o “Maluquinho”), Dorimar da Silva (o “Balseiro”), todos atualmente presos.
De acordo com a denúncia oferecida pelo MPE, os seis denunciados, juntamente com duas menores, sequestraram o estudante, com o objetivo de conseguir vantagem com o preço do resgate. Segundo a Promotoria, a ação do grupo resultou na morte do estudante. Além disso, o grupo é acusado de ocultação de cadáver.
