O quadro “Leve a Gorete pra Comer em Casa”, apresentado pelo humorista Gorete É Show, recebeu como convidado o influenciador Gilbert Albuquerque, que preparou uma tradicional macarronada italiana em sua residência, em Rio Branco.
Durante o programa, transmitido pelo ac24horas, Gorete destacou a trajetória de Gilbert, que soma mais de 30 mil seguidores no Instagram e 400 mil no TikTok. Atualmente, ele atua no ramo de concreto bombeado e se dedica a compartilhar histórias do cotidiano nas redes sociais.
Em meio a conversa, Gilbert compartilhou uma das histórias mais marcantes de sua época como recepcionista de um motel em Rio Branco, por volta de 1997 e 1998. “Essa história aconteceu mais ou menos entre 1997 e 1998. Eu trabalhava como recepcionista em um motel, ali na região da Flor. Tudo seguia normalmente até que um carro entrou e foi para o apartamento 2. Cerca de meia hora depois, chegou um táxi, e pelas câmeras vimos uma mulher descer armada com uma pistola”, contou Gilbert.
Segundo ele, o local não tinha garagem fechada, apenas uma cobertura de lona. “Ela foi levantando uma por uma, até encontrar a placa do carro do marido. Aí começou o desespero. Gritava: ‘Abre essa porta, miserável! Hoje vocês dois vão descer pra se entender!”, relembrou, aos risos.
A cena chamou a atenção de todos os funcionários. “Ficamos olhando pelas câmeras, e logo todo mundo correu pra ver o que ia acontecer. Ela estava muito nervosa, dizia que não sairia dali enquanto não resolvesse o problema”, contou.
Sem saber como agir, Gilbert chamou o irmão, que também trabalhava no local. “Ela dizia que o carro do marido estava ali, que tinha certeza que ele estava no quarto. Meu irmão foi até o homem e avisou: ‘A casa caiu, tua mulher está aí fora armada’. O rapaz ficou desesperado, perguntando o que fazer. Aí demos um jeito: ele subiu pelo forro e mandamos outro funcionário descer no lugar dele, fingindo ser o hóspede”, relatou.
Enquanto isso, o irmão de Gilbert tentou acalmar a mulher. “Ele pediu pra ela entregar a arma, disse que ela poderia falar o que quisesse, mas sem colocar ninguém em risco. Ela aceitou. Quando abrimos a porta, ela entrou gritando, perguntando pelo marido. O homem que estava lá disse que não a conhecia, e a moça que estava com ele ficou quietinha, sem entender nada”, disse Gilbert.
A confusão só terminou quando a mulher, confusa e emocionada, percebeu que poderia ter se enganado. “Ela viu o carro, mas acreditou na história de que o veículo estava alugado. Sentou na cama, chorou muito e disse que tinha sido enganada pelas amigas. Depois, entrou no táxi e foi embora”, contou.
Dias depois, o verdadeiro marido voltou ao motel para agradecer. “Ele trouxe um uísque importado e disse: ‘Vim agradecer, porque vocês salvaram minha vida e meu casamento. Hoje minha esposa está me tratando melhor do que nunca’. E essa, meu amigo, foi só a primeira história”, finalizou Gilbert.
O entrevistado falou sobre suas raízes no Nordeste e contou histórias pessoais que marcaram sua trajetória. “Eu morei muito tempo no Nordeste. Meu pai era paraibano; veio para cá na época da Segunda Guerra Mundial para trabalhar na borracha igual ao pai de quase todos os acreanos”, disse, lembrando a influência familiar na sua formação e no gosto pela culinária da região.
Em tom bem-humorado, Gilbert também relatou um episódio envolvendo um ex-funcionário que perdeu R$ 1.000 quantia que, segundo ele, era para pagar parcelas atrasadas do carro. “Era dezembro, época de Natal. Eu juntei mil reais para quitar três parcelas do HB20 que estava atrasado. Entreguei o dinheiro a um rapaz para pagar na lotérica e fui descansar um pouco. Quando ele voltou, disse que tinha perdido tudo”, contou.
Gilbert descreveu o desespero ao saber do sumiço: “Levantei na hora e fui falar com ele. Ele disse que havia caído da bicicleta e o dinheiro sumiu no caminho. A gente foi ver as câmeras, mas não havia sido roubo; o dinheiro simplesmente caiu.”
O episódio terminou com a busca do patrão pela casa do empregado, uma conversa com a esposa dele e o retorno do funcionário ao trabalho, embora o clima entre ambos tenha mudado. “Eu perdoei e pedi para ele voltar a trabalhar, mas depois ele pediu demissão. Essas coisas acontecem”, resumiu.
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