“O poder é afrodisíaco”, já dizia o saudoso ex-deputado Hermelindo Guimarães Brasileiro (PDS). Na medida que os meses avançam para chegarmos ao ano eleitoral começam a aparecer os candidatos que querem ser apoiados pela máquina do poder. O foco é a prefeitura de Rio Branco. Até o momento três nomes já se mostraram dispostos a serem o candidato a prefeito apoiado pelo governador Gladson Cameli. Um de seus secretários mais próximos, Alysson Bestene (PP); o prefeito Tião Bocalom (PP) e, recentemente, o eterno candidato a tudo, Minoru Kinpara (PSDB). Conheço um pouco do perfil do Gladson. Pode de fato apoiar um dos três nomes, mas não vou me admirar se tirar da cartola para ser o seu candidato à PMRB, um nome que não esteja nem sendo ventilado dentro do seu grupo. Do Gladson pode-se esperar tudo. É um político indecifrável, um mestre em montar charadas para serem decifradas.
PARA FICAR MAIS CLARO
A nota do BLOG foi cristalina, para aluno de Jardim de Infância entender, mas por alguns comentários, alguns não entenderam. Vou dar bis: da bancada federal do Acre, os deputados federais Socorro Neri (PP), Ulysses Araújo (UB), Gérlen Diniz (PP) e Roberto Duarte (REPUBLICANOS) votaram contra o famigerado e imoral projeto que criminaliza quem falar mal dos políticos, mostrando dessa forma que justificaram os votos recebidos. O restante da bancada ou votou contra, ou se omitiu. O que é lamentável! Deu para entender?
CAVALO PARAGUAIO
Nada contra a honorabilidade do professor Minoru Kinpara (PSDB). Mas em se tratando de eleições é um cavalo paraguaio, dispara na dianteira, mas perde sempre o páreo. Por isso vejo com ceticismo a sua aventada candidatura a prefeito da capital lançada pelo deputado Luiz Gonzaga (PSDB). Mesmo porque o PSDB é hoje no estado um partido nanico.
RASTEIRA NO ALYSSON
Para o Minoru ser o candidato do governo à PMRB, o governador Gladson Cameli teria que dar uma rasteira no secretário Alysson Bestene, que postula a candidatura pelo PP. Te cuida, Alysson!
MAIS UM DETALHE
Quem vai comandar no PP a eleição do próximo ano é a presidente do diretório municipal Socorro Neri (PP), que não se afina na política, e nem pessoalmente, com o Minoru.
BATE NO TETO
As últimas eleições mostraram que o professor Minoru Kinpara (PSDB) tem um teto eleitoral, onde bate e não sobe. Foi assim quando disputou as cadeiras de senador, prefeito e deputado federal. Não consegue ampliar o seu nicho para o povão. Mas, cada eleição é uma eleição.
TODA LIBERDADE
Os dirigentes do MDB deram toda a liberdade para o Marcus Alexandre montar alianças e fazer a campanha a prefeito de Rio Branco ao seu modo. E com o MDB dando todo o suporte.
UM ENTUSIASTA
Um dos maiores defensores da candidatura do Marcus Alexandre dentro do MDB, é o deputado Tanízio de Sá (MDB). Defende com todo vigor.
É MUITO CEDO
É cedo demais para o MDB colocar na sua conta de prefeitos a serem eleitos no próximo ano, a ex-deputada federal Jéssica Sales (MDB). Na eleição passada, pela festa que a população fazia quando chegava nos bairros, havia uma projeção que teria 50 mil votos no Juruá. E quando as urnas abriram teve muito menos que essa cifra. Portanto, cautela e caldo de galinha não costumam fazer mal a ninguém, quando se trata de projeção política.
JÁ VI MUITO FAVORITO PERDER
Perguntei outro dia na ALEAC ao prefeito de Feijó, o Kiefer, quem seria o seu candidato a prefeito, já que não pode mais ser reeleito.”Vou lançar um cabôco”, respondeu rindo em tom de ironia, como se já tivesse ganhado a eleição do próximo ano. Já vi dezenas de candidatos apoiados por prefeitos, pegar a balsa para Manacapuru. Ninguém é dono do eleitorado. As urnas são indecifráveis.
GOLPE ESCANCARADO
A VEJA mostra o roteiro do golpe militar para transformar o país numa ditadura, que não deu certo. O roteiro, as conversas com militares de alta patente, estava no celular do assessor militar do ex-presidente Bolsonaro, Major Cid. O irônico é que essa turma fez o discurso na campanha contra ditadores como Daniel Ortega, na Nicarágua; Nicolas Maduro, na Venezuela; falavam em democracia, e queriam dar um golpe militar no país. Casa de ferreiro, espeto de pau.
NÃO É UMA RADICAL
Não é uma política radical e nem fanática. Isso é importante no perfil da deputada federal Socorro Neri (PP), que poderá ser o caminho para que cumpra um bom mandato na Câmara Federal. Todo extremista termina mal.
DADO REAL
Só vamos saber mesmo do rumo que vai tomar a Operação Ptolomeu, após a peça da Denúncia a ser apresentada pelo MPF, tipificando os supostos crimes cometidos por cada um dos arrolados. Até aqui a fase é apenas de investigação, ninguém ainda é réu.
CHAPA FORTE
É o foco principal do PSD conseguir montar uma chapa forte para disputar vagas na Câmara Municipal de Rio Branco. Um desafio para o presidente do diretório municipal, deputado Eduardo Ribeiro (PSD).
GOLPE DURO
O PT não terá candidato próprio para a prefeitura de Rio Branco, o maior colégio eleitoral do estado. Um golpe duro para quem já teve três prefeitos na capital. A política costuma ser cruel.
MAIS SE IDENTIFICA
Caso o prefeito Tião Bocalom (PP) não consiga viabilizar sua candidatura no atual partido, a tendência será disputar a reeleição pelo PL, partido do Bolsonaro, e com quem se afina ideologicamente. O PL é dominado pelo grupo do Márcio Bittar (UB).
NUNCA ESTEVE POR BAIXO
Não conheço um político que seja mais pragmático do que o deputado Luiz Tchê (PDT). Nos 20 anos de governo do PT e nos dois mandatos do Gladson, sempre amarrou o boi na sombra. Participou em cargos ou indicando afilhados.
CENÁRIO IDEAL
O cenário ideal com o qual o ex-vereador Joelso Pontes (PP) sonha em Brasiléia, é ele ser o nome de consenso da oposição para enfrentar o candidato do grupo da prefeita Fernanda Hassem. Difícil de conseguir. Há outros nomes com o mesmo foco. Mas enquanto seu lobo não vem, trabalha sua candidatura a prefeito.
NUNCA TEVE
O Lula não deve ter influência na eleição para a prefeitura de Rio Branco. Em todas as campanhas em que saiu vencedor, perdeu no estado, inclusive, na capital, para adversários que não trouxeram um prego para o Acre. Não contem com o Lula para inflar candidato à PMRB.
OUVIRAM FALAR
Escolha, aleatoriamente, na população, os que temem que o Lula quer transformar o Brasil num regime comunista, e perguntem, o que é o comunismo? As respostas serão, sem dúvida, as mais loucas possíveis. Falam por ouvirem falar, principalmente, no meio evangélico. Não sabem o que foi a Revolução Russa, quem foi Marx, Stalin, Lenin, porque o brasileiro não é um povo afeito à leitura. Jamais votaria num candidato a presidente comunista, mas porque conheço a literatura sobre o regime, e não por ouvir falar.
FRASE MARCANTE
“Para cada receio, fé renovada. Para cada tropeço a certeza de um recomeço”. Frase de autor desconhecido.
