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Acre 61 anos: Das lamparinas até às subestações com tecnologia de última geração

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Enfim, 61 anos de Acre! O único estado que precisou lutar (literalmente) para ser brasileiro completa seis décadas de existência de uma história que existia há muito mais tempo. A linha do tempo dessa história mostra entre outras coisas, que o acreano deixou de usar a lamparina para ter energia elétrica por 24h, promovendo progresso social e econômico para o Estado.


O processo de fornecimento de energia elétrica no Acre desde sempre enfrenta enormes desafios, como dificuldade de acesso e logística.

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Para se ter uma ideia de como é recente essa história, em 1968, a Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre) tinha cerca de 3,2 mil clientes entre as classes, residencial, comercial e poder público. Atualmente, a Energisa que atua na mesma área de concessão possui 280 mil clientes.


Nessa época era muito comum as interrupções de energia. Para se ter uma ideia, na década de 70, alguns municípios eram atendidos por usinas a vapor de lenha. Ainda nos anos 2000, metade do Estado era atendido por geração térmica, um sistema caro e altamente poluente ao meio ambiente, já que utiliza diesel na produção.


Atualmente, a quantidade de munícipio atendido por esse tipo de caiu para nove. E até 2025, apenas Santa Rosa do Purus, Porto Walter, Marechal Thaumaturgo e Jordão serão abastecidos com a geração térmica, devido à falta de acesso terrestre.


Com o aumento da demanda pela energia elétrica, obras estruturantes foram realizadas. Como, por exemplo, a subestação Taquari, em Rio Branco, que levou cinco anos para entrar em funcionamento, em março de 2013.



Quando a Energisa assumiu, em dezembro de 2018, havia a necessidade urgente de ampliação do fornecimento de energia. Por isso, em tempo recorde e durante o período de chuva, foi construída a subestação Alto Alegre, em 2019, que ampliou em cerca de 25% a capacidade de fornecimento de energia elétrica da região de Rio Branco.


O atual diretor-presidente da Energisa Acre, Ricardo Xavier, comenta os desafios do sistema ao longo dos últimos 20 anos.


“O grande desafio sempre foi manter o sistema funcionando, mesmo com tantas adversidades. Antes da Energisa chegar ao Estado, sempre trabalhávamos no limite, por exemplo, se a subestação Alto Alegre não entrasse em funcionamento em 2019, Rio Branco entraria em racionamento de energia. Por isso, a importância dos investimentos”, explicou Ricardo.


Atualmente, o Acre possui 19 subestações em pleno funcionamento. Quatro ainda serão entregues ainda este ano, são elas: Feijó, Tarauacá, Acrelândia e Floresta, em Rio Branco.



Desde que chegou ao Acre, a Distribuidora já investiu mais R$ 1,5 bilhão em obras estruturantes para proporcionar mais qualidade no fornecimento de energia suficiente para suportar o desenvolvimento e o crescimento econômico da região, nos setores industrial, comercial e residencial, contribuindo para a geração de empregos e renda da população.


Desafios superados

Torres derrubadas por vândalos em Sena Madureira


Foi numa data cabalística, 11 /11/2011, uma sexta-feira, ocorreu um dos episódios mais desafiadores para o Acre. Vândalos derrubam torres de alta tensão deixando quase 40 mil pessoas sem energia elétrica em Sena Madureira por várias horas e durante uma semana uma houve racionamento até que torres fossem reerguidas.


Em janeiro de 2012, um novo ataque provocou a queda de outras cinco torres. “Foi uma operação de guerra! Foi o momento mais desafiador até agora. Esse crime de vandalismo mobilizou equipes, aproximadamente 80 pessoas para reparar os danos e horas de trabalho para reerguer as torres”, relembrou Ricardo Xavier.


Incêndio na Usina em Cruzeiro do Sul

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Um incêndio na Usina Termelétrica em Cruzeiro do Sul, em janeiro de 2018, foi outro desafio enfrentado no Acre. A causa foi um curto-circuito que deixou sem energia, além de Cruzeiro do Sul, os municípios de Rodrigues Alves e Mâncio Lima, no Acre, e Guajará, no Amazonas.


“Montamos uma verdadeira operação de guerra após o incêndio. O objetivo era restabelecer o fornecimento quanto antes. Poucas horas depois, parte da carga foi restabelecida. Porém, foram 18 dias racionando energia”, explicou Ricardo Xavier.


Construção de subestações e Linhas de Alta Tensão


A construção de subestação em tempo recorde e no período de chuvas no Acre foi um dos desafios enfrentados pela Distribuidora assim que chegou ao Estado no final de 2018. Além da entrega de duas subestações, uma em Assis Brasil e outra em Manoel Urbano em 2020, para permitir a conexão ao Sistema Interligado Nacional (SIN).


A ativação dessas subestações eliminou as restrições de fornecimento e ainda vai reduzir as emissões de gás carbônico e a eliminação do consumo de óleo diesel usados na geração de eletricidade.


Em breve serão inauguradas outras duas subestações que irão permitir a desativação de térmicas na região de Tarauacá e Feijó.


Programa Mais Luz Para a Amazônia e Vila Restauração


O fornecimento de energia elétrica de qualidade transforma a vida das pessoas, prova disso, é a satisfação de clientes como o senhor Zacarias, morador da Vila São Salvador, a localidade ribeirinha está situada dentro da Reserva Extrativista do Alto Juruá, a 70 km do centro de Marechal Thaumaturgo, próxima à fronteira com o Peru, ao comentar sobre a chegada da tão esperada luz em sua residência.


“Já mudou a vida da gente. Todo mundo está gostando. Mudou muito a nossa história. Estamos felizes”, comentou ele.


O morador é um dos contemplados com as primeiras ligações do programa do governo federal, Mais Luz Para Amazônia que prevê a instalação de módulos fotovoltaicos em áreas de difícil acesso e distantes das redes elétricas. Por isso a iniciativa prevê a utilização de geração de energia solar, e a substituição de pequenos geradores de energia elétrica a diesel ou gasolina.


A Energisa fez a ligação de 1.368 clientes em 2022 e para 2023/2024 estão previstas mais 2,5 mil ligações.


A comerciante Artemísia Cunha da Silva, moradora da Vila Restauração, localizada a 70 km do município de Marechal Thaumaturgo, relatou sobre a dificuldade de conservar alimentos com a energia elétrica limitada. “Tínhamos um desperdício muito grande de produtos. Era muito prejuízo”.


Com investimento de R$20,5 milhões, a Vila Restauração recebeu 600 painéis fotovoltaicos, baterias e geradores, fruto da parceria entre a distribuidora da Energisa no Acre e a (re) energisa, empresa de energias renováveis do Grupo. As obras garantem o fornecimento ininterrupto de energia limpa, confiável e renovável, 24 horas por dia para cerca de 200 famílias.


Antes, o fornecimento de energia na Vila Restauração era precário, caro e poluente. A energia era produzida por um único gerador a diesel, custeado pelos moradores e a prefeitura de Marechal Thaumaturgo.


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