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Não enganou ninguém 

O voto contra da deputada Michelle Melo (PDT),  ontem ao veto oposto pelo governo ao projeto que ela tinha costurado com as entidades como líder do governo, foi o ato mais inusitado da sessão na ALEAC. Inusitado por não haver espaço para quem se encontra no posto, ser contra um projeto nos moldes como o governo quer.
Quando alguém assume a liderança do governo é para somar com suas pautas e não ser contra. Mas, ninguém pode acusar a deputada Michelle Melo (PDT) de infidelidade. De jogar para a plateia. Num de seus primeiros discursos na ALEAC, ela disse que, como líder do governo, manteria a independência de ser contra o que fosse diferente dos seus princípios políticos, por ter acertado isso com o próprio Gladson Cameli.
Pode ser estranho, mas não escondeu sua posição. O problema é que ficou agora sem ter cacife para acertar a aprovação de demandas com os funcionários e depois ver o que foi acertado ser derrotado pelos parlamentares da sua própria base. Ficou muito delicada a situação da deputada Michelle Melo (PDT) à frente da liderança do governo na ALEAC. Tudo o que acertou foi desautorizado pelo governo e pelos colegas da base governista. A esperar agora qual será a sua reação. Se fica ou não no posto.

POSTURA ESTRANHA


O deputado Emerson Jarude (MDB) fez ardorosos discursos em defesa de reajustes para os servidores estaduais. Mas, ontem, quando o projeto foi votado na ALEAC, não apareceu para votar. O que era mais importante: se ausentar do estado ou dar seu voto a um projeto de melhoria salarial? Postura estranha, essa do Jarude.
MUITO BEM CONDUZIDO
Pelos deputados que integram a base do governo na ALEAC, quem comandou com maestria e ponderação os debates entre a oposição e governistas nas comissões, foi o deputado Pedro Longo (PDT). Aglutinou a maioria na defesa dos projetos e do veto do governo.
NÃO COMANDA A BASE
A votação de ontem na ALEAC mostrou que quem comanda a base governista são os interesses do governo e não a líder do governo. A sua tese de votar sem vetos os projetos em pauta, que defendia, foi derrotada pelos colegas já na comissão que apreciou a matéria. Prevaleceu o veto oposto pelo Palácio Rio Branco. Foi uma lição para a deputada Michelle Melo, que se empenhou muito no diálogo.
NÃO HÁ ESPAÇO
A Michelle Melo foi uma excelente vereadora, porque podia ter posturas independentes. Como deputada e líder do governo não tem espaço para defender as suas ideias mais progressistas, fica limitada, caso contrarie o governo. Sentiu ontem na prática ao não liderar a sua base. Seja quem for o líder, não lhe resta alternativa a não ser o de dizer amém. Se disseram a ela o contrário quando a convidaram para a missão, lhe enganaram.
NÃO É DE UMA VEZ
Para deixar claro aos leitores, sobre os 20,32 por cento de reajuste salarial dado pelo governo. Não será aplicado em uma vez, mas em 4 parcelas. Traduzindo para o real: o reajuste de imediato será de 5,08 por cento na conta das categorias do estado.
DAS DUAS UMAS
Ao governo não restavam muitas alternativas: ou dava o reajuste que o quadro financeiro comportava ou dava um aumento de uma vez e não teria como pagar o funcionalismo.
LUTA QUE SE ARRASTA
Uma das lutas mais antigas da categoria que estava ontem na ALEAC, era a dos engenheiros, essa turma é empurrada com a barriga faz tempo. Mas nas eleições ficam todos batendo palmas para quem está no poder. Depois do voto não são atendidos.
ERRO DE ESTRATÉGIA
O governador Gladson Cameli cometeu um erro amador na política, ao ficar assinando contratações aos montes de categorias, pressionado pela sua base na ALEAC. O valor das novas contratações poderia ser aplicado no reajuste de quem já é servidor. Esqueceu que existe uma Lei de Responsabilidade Fiscal e que o governo não tem uma Casa da Moeda para imprimir dinheiro. E deu na confusão que deu no dia de ontem.
DEIXAR DE PROMETER
O governador Gladson Cameli tem um péssimo costume, que é o de prometer e depois não ter condições no tesouro estadual para cumprir. Cedo ou tarde isso pode queimar sua imagem. Seu problema é não saber dizer não. Na gestão pública, não se promete se não tiver caixa para cumprir.
UM BOM EXEMPLO
Um exemplo que sempre cito é o do ex-Romildo Magalhães. Deu um aumento gigante aos professores e depois atrasou os salários, o que prejudicou a imagem da sua gestão.
CPMI
Vai virar um bate-boca entre os viúvos do Bolsonaro e a base do Lula. A CPMI não vai livrar e nem conseguirá colocar alguém na prisão. A apuração já avança célere na justiça
FRASE MARCANTE
“Quem parte e reparte fica com a melhor parte”. Ditado latino-americano.

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