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Promotoria diz que Hitalo não agiu para salvar o filho e que não houve arrependimento

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Foto: Jardy Lopes/ac24horas


No último dia de julgamento de Hitalo Marinho Gouveia, acusado de matar com duas facadas Adriana Paulichen, em 2021, os membros do Ministério Público iniciaram as réplicas no plenário da 2° Câmara Criminal na Cidade da Justiça, em Rio Branco nesta quinta-feira, 16.

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De maneira bem incisiva, o promotor de justiça, Tales Ferreira, fez questão de rebater o advogado de defesa, Sanderson Moura, alegando que não houve legítima defesa no cometimento do crime e, muito menos, existiu arrependimento do acusado pela morte da vítima no seu longo interrogatório. “Nas mais de 4 horas de interrogatório, em nenhum momento ele demonstrou remorso do que fez, ele ensaiou, tudo menos. Jamais é legítima defesa. Não sabe dominar uma menina de 53 kg, tinha a intenção de matar ela. Se ele tinha medo de perder o filho, porque não usou o pedido de guarda”, declarou.


Durante o período, a promotora Manuela Canuto Farhat, também rebateu todas as alegações de defesa de Hitalo Marinho. Segundo ela, Adriana estava disposta a dar um fim ao relacionamento – e por essa razão, cometeu o crime de caso premeditado. “O réu matou a vítima de maneira intencional, sem nenhuma testemunha, apenas o bebê. O réu mentiu, traiu, esfaqueou, deu mata leão, estrangulou por 5 minutos. E todo esse contexto merece ser analisado, ele mesmo confessou aqui e também na primeira fase do processo”, comentou.


A promotoria ressaltou ainda que a defesa do acusado tenta desqualificar o suposto estrangulamento ocorrido no dia do crime. “Disse a defesa que essa qualificadora não merece ser analisado por conta do laudo não constar asfixia e sim as facadas, mas o laudo conta que a vítima apresentava marcas no pescoço. O réu mente e veio aqui dizer que uma menina magra, sem noção de legítima defesa, veio pra cima dele com a faca e aplica na sua canela. Esse lobo em pele de cordeiro, que traiu com a melhor amiga, traiu o amigo, atingiu Adriana pelas costas e não satisfeito, espero ficar só e quando sai a Juliana, agiu pelas costas de maneira fatal”, acrescentou.


Ao cutucar novamente o advogado Sanderson, Tales retruca a defesa e afirma que houve prática de feminicídio. “Feminicídio é quando o homem mata em razão do sexo feminino, isso tá mais que provado no processo. O MP pede aos senhores que descartem as teses da defesa, essa mulher sonhava em ser mãe e não iria matar o filho”, explicou aos jurados.


Após as trocas de farpas, Ferreira fez questão de enaltecer o trabalho de Sanderson Moura, mas, fez duas críticas ao acusado do crime e encerrou pedindo a condenação do réu. “Hoje ele tá com cara de réu, porque dos dias anteriores estava com cara de debochado e tentando manipular”, encerrou.


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