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Os caminhos do Gladson Cameli: céu ou inferno

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PARA o governador Gladson Cameli restam dois caminhos: se for absolvido de todas as acusações graves, muito graves, de malversação de recursos públicos contidas no bojo da Operação Ptolomeu, ele dá um plus na sua imagem e na sua carreira política, podendo assim balançar a bandeira da inocência e de ter sido vítima. Mas se for condenado ou afastado do cargo a sua carreira até aqui sem nódoa, a sua imagem vai desmoronar como um castelo de cartas. E assim, todo o seu governo.


 É bom lembrar que, ele não está sendo acusado pelo bedel que toma conta da classe de alunos, mas pelo STJ. E neste caso dará para a oposição uma bandeira para desfraldar nas campanhas eleitorais. 


Afastado ou condenado não haverá mais como sustentar que foi uma vítima no processo. Não digo ser inocente ou culpado, mas deixo o caso com a justiça. E, qualquer uma das duas decisões que acontecer, não me causará nenhuma surpresa. Só isso: tudo é muito grave.


ATRIBULAÇÕES DE UM GOVERNADOR


O GLADSON passou praticamente o primeiro mandato com o governo focado no combate à pandemia, o que fez com sucesso. Quando vai querendo dar rumo à gestão, eis que surge outra tempestade, a Operação Ptolomeu. Precisa tomar um banho de sal grosso, é muita atribulação.


NÃO DISSE A QUE VEIO


O mais votado deputado de Cruzeiro do Sul, Clodoaldo Rodrigues (REPUBLIANOS), não disse ainda a que veio na ALEAC. Já passou a sua fase de aclimatação política. No parlamento só existem dois caminhos: ou aparece ou desaparece.


CONCORDO COM O ITAAN ARRUDA


LENDO o artigo do jornalista Itaan Arruda, uma das cabeças lúcidas do jornalismo acreano, sob o título “Compadres, barrancos e a reação à operação Ptolomeu 3”, pinço uma frase sua, que assino embaixo: “É um erro banal querer jogar a opinião pública contra as decisões da justiça”. Completo: É banal e amador.


NÃO É NADA POLÍTICO


PARA deixar as coisas bem claras, a Operação Ptolomeu não é nunca foi uma investigação policial movida por interesses políticos. Ela é em todo o seu rito, estritamente, policial legal e jurídica, com aval do STJ.


OUTRA CONVERSA


SE é baseada em provas, se não é baseada em provas, se alguém será condenado ou absolvido, é uma outra história. Não cabe neste enredo a equação de que está havendo uma perseguição ao Gladson ou a qualquer dos arrolados. O caso se encontra onde deveria se encontrar, na justiça.


POLÍCIA DE ESTADO


OUTRO ponto que deve ficar claro nesta história é que a PF cumpre determinações judiciais, quando promove uma busca por provas de ilícitos ou aprende valores. A PF é uma polícia de estado, e não de governos ou de partidos. Isso é basilar.


O PERIGO MORA AO LADO


OUVI depois da última campanha eleitoral de um candidato da base do governo que foi derrotado, o seguinte: “O Gladson não tem amigos. É ele e ele”. Também acho, que ele não preserva amigos, mas os usa e descarta. Ele deve torcer para no bojo de tudo não sair uma delação premiada. O perigo costuma morar ao lado; pode-se estar dormindo com o inimigo, e não saber. Isso ocorre e muito.


FRACA COMO CALDO DE PIABA


A assessoria de Comunicação do Governo, em que pese um abraço ali e uma manifestação de solidariedade acolá no governador por parte de seus membros, não fez ainda uma defesa coesa e consistente do Gladson, mostrando, por exemplo, que nem réu ele é. Ficar batendo palmas não é defesa. A SECOM está sendo amadora.


FICOU NA SURPRESA


A ELEIÇÃO do Zezinho Barbary (PP) a deputado federal ficou até aqui na conta da surpresa da última campanha. Precisa mostrar na Câmara Federal que o eleitor do Juruá acertou na sua escolha. Ou não tem feito ações até aqui ou a sua assessoria não divulga as suas ações. Das duas, uma. parlamentares.


É UM INGÊNUO


SOMENTE um ingênuo em política pode imaginar que o ex-senador Jorge Viana está de braços cruzados na Operação Ptolomeu, vão achando que é isso, vão achando, depois me digam…


SUMIU NO PODER


DEPOIS de assumir a APEX, o ex-senador Jorge Viana arrumou a vida do pessoal do seu entorno e saiu da cena política. Olha só para o umbigo do PT.


MÃOS ATADAS


COM o estardalhaço da reaproximação política do senador Sérgio Petecão (PSD) com o governador Gladson Cameli; o Petecão ficou de mãos amarradas para comentar a Operação Ptolomeu, com críticas ao Gladson. Ou defende ou se cala.


DUAS SITUAÇÕES


OS fatos levantados na Operação Ptolomeu são graves, muito graves, não adianta tentar escamotear. Mas fora isso, a oposição não tem o que comemorar porque não há condenações.


ESPERANDO O MILAGRE


UM parlamentar de Cruzeiro do Sul me disse ontem que, o ex-prefeito Vagner Sales (MDB) vive a sua fase mística, de acreditar que o Gladson vai colocar a ex-deputada federal Jéssica Sales (MDB) debaixo do braço para a prefeitura de CZS em 2024. Ficou com amnésia em relação ao que ocorreu com o filho Fagner Sales quando foi candidato a prefeito, e esperou por um apoio prometido do Gladson que não teve.


BURACOS, MUITOS BURACOS


O prefeito Tião Bocalom precisa urgente olhar para a cidade, com as ruas dos bairros -até na região central – tomadas pelos buracos. As reclamações são gerais. O que vem lhe causando alto desgaste.


CLIMA DE TENSÃO


PERGUNTEI ontem a um amigo secretário que não está arrolado na Ptolomeu, como se encontra o clima dentro do governo, e a resposta foi seca: “É de tensão, de muita tensão, sem saber o que ainda pode acontecer. Há um silêncio tumular nas secretarias.”


CABEÇA VAI ROLAR


A CABEÇA de um importante secretário vai rolar, mas não é por causa da Ptlomeu. E, um ex-secretário dessa mesma pasta se prepare para navegar em águas turbulentas, muito turbulentas.


NADA DEFINIDO


A prefeita de Brasiléia, Fernanda Hassem, me ligou ontem, para negar boatos de que se filiará ao REPUBLICANOS. Nem que tenha conversado com o Gladson para entrar no PP. Não se definiu ainda. Fica o registro.


FRASE MARCANTE


“A pessoa que teme sofrer já está sofrendo pelo que teme.” Michel Quioist. 


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