O PP tem um sério problema interno a ser resolvido, antes de pensar em alavancar uma candidatura a prefeito de Rio Branco, no próximo ano. O atual prefeito da capital, Tião Bocalom é filiado ao partido, e deve disputar a reeleição. Tem ainda mais de um ano para sedimentar seus projetos e disputará no poder. E tem a deputada federal mais votada da eleição passada, que já foi prefeita e saiu bem avaliada, a Socorro Neri, que também tem se manifestado em conversas de bastidores que, dependendo do cenário, pensa em se candidatar a prefeita.
A voz que vai definir quem será o candidato do PP será o governador Gladson Cameli, que tem deixado o ambiente embaralhado. Uma hora aventa a possibilidade de apoiar o Bocalom e na outra a Socorro Neri. E, neste clima o PP tem um prato indigesto na mesa para ser digerido para a eleição da PMRB no próximo ano.
CESSEM AS BASÓFIAS
NENHUM deputado federal, nenhum senador, nenhum deputado estadual, tampouco, o governador Gladson, é o responsável pelo anúncio do governo federal de que haverá 600 milhões de reais para obras na 364. Portanto, senhores, cessem as inverdades.
NEM UM TOSTÃO E O SILÊNCIO
REGISTRE-SE que, isso só está ocorrendo no governo do Lula. O Bolsonaro não destinou um centavo para a BR-364, e não se viu um pio dos seus defensores, enquanto a rodovia se acabava. Vamos parar com os rompantes.
NEM UM DÓLAR FURADO
GOVERNADORES do PT fizeram várias viagens ao exterior sob o pretexto de conseguir recursos e trazer novas experiências ao Acre. O mesmo aconteceu e acontece no governo do Gladson. Até o Bocalom entrou na moda e vai pela terceira vez à Alemanha. Nenhum deles trouxe e nem vai trazer um dólar ou um euro furado, como resultado desse turismo.
VEIO PELO BEIÇO
“VEIO pelo beiço”. Foi a expressão que ouvi ontem de um cardeal governista sobre a reaproximação do senador Márcio Bittar (União Brasil) com o governador Gladson. Com a derrota do Bolsonaro, seu ídolo, só restou ao Bittar se pegar com o Cameli.
RISO AMARELO
O BITTAR sabe o que sofreu na campanha, quando foi brecado em todos os seus projetos pelo Gladson, talvez, por isso, o seu riso amarelo ao posar ao lado do governador
ENGOLIDOS PELO TRIVIAL
O EMERSON JARUDE e a Michelle Melo brilharam na Câmara Municipal de Rio Branco, por suas vibrantes atuações independentes, e surgiram como políticos promissores. Na ALEAC, ambos murcharam. Michelle foi ser líder do governo e lhe restou fazer elogios no mandato; e o Jarude está longe de sua ação como vereador. A política é um sobe e desce.
NÃO ESTÁ NA CONTA
É BOM esclarecer que esses 600 milhões para a 364 não estão numa gaveta para serem usados, vão seguir todo um ritual para seu desembolso a cada etapa da obra iniciada.
PODE SAIR MASSACRADO
O PT pode sair massacrado da próxima disputa das prefeituras municipais, no próximo ano. Deve ter candidatos próprios, mas nenhum que possa ser visto como amplo favorito. A vida na oposição paga o seu preço.
SAINDO BEM
OS deputados Maria Antônia (PP) e Eduardo Ribeiro (PSD) têm sido incisivos na defesa de benefícios para o Alto Acre. Ambos possuem base eleitoral no município de Brasiléia.
FATO NOVO
NA ALEAC, sempre a oposição teve no mínimo em torno de oito deputados na sua composição. Não me lembro nas últimas quatro décadas de uma legislatura com apenas um parlamentar de oposição, como atualmente.
MILAGRES ACONTECEM
O ex-prefeito de Senador Guiomard, James Gomes, mesmo com a baixa popularidade da irmã e prefeita Rosana Gomes, acha que ela pode dar a volta por cima e se eleger. Se o James tiver uma vara de condão, até creio.
NOME FORTE
A OPOSIÇÃO tem um nome muito forte, o do ex-vereador Gilson da Funerária, apoiado pelo grupo da ex-deputada federal Vanda Milani e pelo senador Sérgio Petecão (PSD).
APOSTANDO NO PODER
O GRUPO que circunda a vice-governadora Mailza Gomes acredita que, o Gladson saindo para o Senado, ela assumirá o governo e pode no poder alavancar sua candidatura a mais um mandato. Na política, nada é impossível.
TUDO EM FAMÍLIA
O secretário Alysson Bestene é o principal defensor que o prefeito Tião Bocalom seja candidato à reeleição pelo PP. Está de olho em ser o vice da chapa. Ficaria tudo em família; a tia Nabiha Bestene já é secretária municipal de Educação e o primo e vereador Samir Bestene (PP) tem um largo espaço na PMRB.
O QUE ESTÁ SALVANDO
O QUE está salvando até aqui os debates na ALEAC são as intervenções do deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), que coloca sal no festival de elogios pela base do governo. Mas, é isso: quem tem cargos tem de elogiar o patrão. É a tônica em todos os parlamentos.
DA ÁGUA PARA O VINHO
QUEM acompanha a gestão do prefeito de Cruzeiro do Sul, Zequinha, tem dito que, ou ele muda o andar da gestão ou terá dificuldade na reeleição. Principalmente, se o grupo do deputado Nicolau Junior (PP) apoiar mesmo a candidatura da Jéssica Sales (MDB).
MEXENDO NO BOLSO
DEPUTADOS FEDERAIS com passagem pela Assembleia Legislativa, andam reclamando que gastam mais em Brasília que quando estavam na ALEAC, pelo alto custo no DF.
NÃO FALAM NAS COMPENSAÇÕES
MAS se esquecem que deputado estadual não tem a bolada milionária que os federais comandam, como as emendas parlamentares e o Fundo Eleitoral para suas campanhas de reeleição. O estadual é o primo pobre nesta história.
FRASE MARCANTE
“Em política nada se perde e nada se transforma-tudo se corrompe”. Millôr Fernandes.
