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Ex-jogador de futebol quer ajuda para deixar as ruas e as drogas

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Há mais de 20 anos perambulando pelas ruas da cidade sem destino algum e futuro incerto, o ex-jogador de futebol Edcarlos Teles do Nascimento, de 45 anos, que já viveu dias de glórias como goleiro das divisões de base de clubes profissionais de futebol da capital e que a ser ídolo no futebol suburbano, decidiu que pretende mudar de vida e pelo menos voltar para o convívio da família. Para tanto, ele precisa de ajuda, especialmente dos amigos que o abandonaram.


Na década de 1990, Edcarlos chegou a viver uma vida de luxo na Baixada da Sobral, quando era uma espécie de manda-chuva, já que além de ser ídolo de um clube da região, onde jogava como goleiro, tinha ligações com o submundo do crime. A decadência veio quando passou a consumir entorpecentes em companhia de mulheres bonitas com as quais vivia em farras constantes.

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“Quando tudo acabou fui abandonado pelos amigos que nunca tive”, reclamou.


No início do ano 2000, sem dinheiro para sustentar o vício, Edcarlos passou a morar nas ruas e sua vida se tornou um inferno.


“Minha família não tem nenhuma culpa da situação que vivo há mais de 20 anos. A opção de morar nas ruas e me tornar um dependente químico foi de minha inteira responsabilidade. Eu escolhi essa vida maldita e tenho que pagar pelos meus erros”, diz Edcarlos.


Nos anos de 93 e 94, quando ainda era um adolescente, foi goleiro das equipes de base do Rio Branco Futebol Clube e quem o viu jogar afirma que ele teria um futuro promissor caso não tivesse partido para o caminho das drogas. Prova disso é que durante alguns anos fez sucesso em times de várzea chegando a ser campeão municipal de futsal no Flamengo, do bairro João Eduardo, e também atuou pelo Fluminense, do bairro da Bahia. Ele se vangloria de ter defendido três pênaltis em um só jogo.


O tempo passou rápido e foi cruel com Edcarlos, que hoje é um morador das ruas, onde por dezenas de vezes já viu a morte de perto. Numa delas, quando de uma disputa por drogas foi atacado a golpes de terçado, ocasião em que perdeu o dedo polegar da mão direita e parte da orelha esquerda.


“O morador de rua, especialmente no meu caso, que sou dependente de drogas, corre risco iminente de morte todos os dias. A gente dorme pedindo a Deus para não ser assassinado durante o sono. Isso é terrível”, comenta.


Atualmente, Edcarlos dorme até com certa segurança no galpão de uma empresa. E foi lá que decidiu que quer mudar de vida, chegando a implorar para que alguém arranje para ele uma vaga numa clínica de recuperação de drogados.


“Quero voltar ao convívio de minha família, voltar a ter uma vida digna. Não aguento mais viver nessa situação. Preciso de ajuda. Quero ir para uma clínica de tratamento de drogados. Estou disposto a tudo para voltar a viver”, concluiu Edcarlos, esperançoso em realizar seu sonho de sair das ruas e das drogas.


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