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Família Bittar cria holding fora do Acre para gerenciar patrimônio milionário

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A pré-candidata ao senado, Márcia Bittar (sem partido), e seu filho, João Paulo Bittar, presidente do Republicanos no Acre, criaram uma empresa para gerenciar o patrimônio milionário da família. A Lock Holding Investimentos Imobiliarios e Construcoes S.A, com sede em Brasília, foi ativada em março de 2020, no início da pandemia de covid-19 e tem capital social de R$ 500 mil.


O ac24horas apurou que uma holding geralmente serve para fins sucessórios, de economia de impostos ou proteção de bens. O objetivo é concentrar todos os bens familiares dentro da empresa holding e, com isso, facilitar a sucessão, segregar o patrimônio e reduzir custos com inventário.

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Em 2018, quando Márcio Bittar foi candidato ao senado e vencedor do pleito, sendo o segundo mais votado com 185 mil votos, ele havia declarado à Justiça Eleitoral ter um patrimônio avaliado em R$ 6,5 milhões, que variava entre apartamentos, dinheiro em banco e investimentos financeiros, ou seja, consequentemente parte desses bens ou sua totalidade poderão ser inseridos nessa empresa, o que não foi confirmado pela família.


A reportagem procurou Márcia Bittar, apontada nos sistemas de buscas de sócios como diretora da empresa. A pré-candidata afirmou que a Lock é uma holding para organizar o patrimônio e que investe no mercado imobiliário. “A empresa não tem obrigações cotidianas, pois é uma empresa cujo foco é cuidar da herança dos filhos”, disse a ex-esposa do senador, que pediu que o jornal procurasse seu filho para maiores detalhes.



Em contato com João Paulo Bittar, que se apresentou como administrador do negócio, o ac24horas recebeu do dirigente partidário a confirmação de que a empresa foi criada para cuidar do patrimônio dos seus pais, de tudo o que construíram ao longo da vida, no que diz respeito à herança.


Negando que a empresa tenha sede própria, funcionários ou que tivesse contratos com o poder público, João Paulo explicou que a Lock não é uma empresa que tenha vida útil laboral. “Não é uma empresa que tenha vida útil laboral.E não, não mexemos com nada público, não. Na verdade, a Lock não tem quase nenhuma operação. Você sabe como funciona uma holding? Holding é mais pra cuidar juridicamente da herança mesmo, não é uma empresa pra fazer negócio, nem nada”, frisou. Segundo ele, “é aquele tipo de empresa que é só para daqui a algumas décadas, quando meus pais falecerem, não ter dor de cabeça com inventário”, pontuou.


O ac24horas perguntou sobre o capital social da empresa de R$ 500 mil, questionando também o porquê de a empresa não ter sido aberta no Acre, interrogando Bittar Filho se a maior parte do patrimônio se encontrava em Brasília.


“Sobre o patrimônio, daí você já está querendo saber um pouco demais. Qualquer dúvida sobre isso fale com a Receita Federal, eles podem te explicar melhor. A sede dela [a empresa] é virtual. Então posso cuidar dos assuntos dela em qualquer lugar do Brasil, se necessário for.Mas é aquilo, por ser uma empresa do formato holding patrimonial, não tem atividade laboral”, disse.


Questionado pela reportagem se a declaração de bens de Márcia em 2022 poderá ser inferior ou superior a Márcio Bittar em 2018, João respondeu que o patrimônio do pai foi ganho “com muito suor, sem ajuda de política”. Ele não respondeu diretamente à pergunta.


“Graças a Deus, tenho orgulho em ser filho deles. Sobre as duas últimas perguntas, a Receita [Federal] é quem vai dizer certinho”, finalizou.


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