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Profissionais acusam Sintesac de ‘manobrar’ para suspender greve

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“Ou você é sindicalista ou você é gestor, os dois não dá”. Foi essa frase que a diretora do Sindicato dos Profissionais Auxiliares e Técnicos de Enfermagem e Enfermeiros do Acre (Spate) proferiu sobre o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Acre (Sintesac) suspender a greve da saúde na tarde de ontem, 2, após breve negociação com o governo.


Rosa Nogueira, que representa parte dos profissionais de saúde do Estado, não concorda com a forma que sindicato agiu durante a manifestação de ontem, que pretendia deflagrar uma greve. “Isso foi uma manobra do Sintesac e do Sindicato dos Condutores de Ambulância para acabar com nosso manifesto e suspender a greve”, declara.

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Ocorre que antes mesmo de os deputados receberem os sindicalistas na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o Sintesac resolveu acabar com o protesto. “Nunca vi isso na minha vida, onde o próprio sindicato desmobiliza seu manifesto. Chamaram a gente para uma greve e ela não aconteceu”, relata a presidente do Spate.


Os profissionais ainda destacam que o acordo firmado entre o sindicato e o governo não proporciona nenhuma segurança à categoria. “O documento não diz que vai demitir, mas também não garante segurança para nós, já que o segundo item informa que está sendo feito um estudo que visa regularizar ou não a situação dos trabalhadores da saúde”, diz Nogueira.


Segundo ela, a realidade é que o Sintesac possui vários diretores com cargo comissionado no governo de Gladson Cameli. “Dessa forma, eles nunca vão ficar ao lado dos trabalhadores. Tem diretor com cargo para terceiros no Hospital das Clínicas, na Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre), no Hospital de Urgência e Emergência (Huerb) e ainda tem ‘sindicalista’ que está só esperando a nomeação sair no Diário Oficial”, revela.


Nova chapa

Com isso, a categoria pretende, ainda esta semana, iniciar as tratativas para formar uma nova chapa para representar o Sintesac. “Não dá para ficar dessa forma. Diante dessa atitude, não vamos mais apoiar o Adailton Cruz, que está à frente do sindicato”.


Para o Spate, a manifestação foi uma grande enganação. “Única coisa de concreto que está no documento firmado é o fim do11º plantão, que foi retirado. Mesmo assim, isso já havia sido retirado na última reunião que fizemos com o secretário de saúde”, informa Rosa.


Nogueira ainda ressalta o fato de os profissionais da saúde terem trabalhado para eleger Gladson Cameli ao governo. “Não é porque fizemos campanha para eleger o Gladson que vamos dizer ‘amém’ para tudo”. Segundo ela, não há mais entendimento entre os trabalhadores e o sindicato. “Não estamos mais deliberando ações em conjunto”.


O que diz o Sintesac

Procurado pelo ac24horas, o presidente do Sintesac, José Adailton Cruz, declarou que o Spate tem todo o direito de decidir apoiar qualquer outra chapa. “Nós estamos no sindicato para defender os trabalhadores e buscar avanços”.


Disse ainda que nenhum profissional é refém do sindicato e que cabe à categoria decidir e apoia ou não o atual sindicato. “Não estamos em campanha, estamos numa luta séria para garantir a manutenção dos empregos de milhares de colegas do Pró-Saúde, para garantir uma reformulação do plano de carreira e melhorar o salário dos profissionais”.


Segundo o presidente do Sintesac, o governo respondeu parte das reivindicações e ficaram garantidos alguns pontos chaves. “Suspenderam as demissões do Pró-Saúde, encerraram o 11º plantão e iniciaram a agenda de negociação da reformulação do PCCR”, afirmou.


Entenda o caso

A categoria se reuniu em frente Aleac, na manhã de ontem, 2, em Rio Branco, em protesto contra a terceirização, garantia de que servidores do Pró-Saúde não sejam demitidos, PCCR da categoria, regularização dos inativos e realização de concurso público.


O presidente do Sintesac, Adailton Cruz, falou que a categoria protocolou o pedido de reformulação do plano e agendou para encaminhar os pedidos. Além disso, afirmou que conseguiu uma agenda para elaboração da lei que regulamenta o Pró-Saúde.


Após as propostas do governo, o sindicato informou à categoria a decisão pelo fim do movimento.


Em nota, a Sesacre informou que sempre esteve aberta ao diálogo com os representantes da categoria e as reivindicações da classe foram ouvidas e discutidas. Ainda segundo a Saúde, alguns pontos já foram solucionados.

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