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Janeiro cavernoso para Gladson Cameli: mês é uma Direct Message ao Governo

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O primeiro mês do governo Gladson Cameli é uma mensagem ao futuro. O novo governador terminou janeiro enfrentando o recrudescimento da violência, com a morte galopando pelas ruas das cidades, roubos e muito terror. A brusca saída de Rêmulo Diniz do cargo de secretário da Polícia Civil, a insistente prisão do tenente Farias e a memetização do discurso do coronel Paulo Rocha (“em dez dias a população terá sensação de paz”) desnudaram uma política de Estado mostrando quão frágil ela está apesar do enfrentamento canino à criminalidade.


Janeiro mandou uma DM ao governo de Gladson: o Acre precisa de respostas mais rápidas. Os associados da Federação do Comércio já tremem diante da propalada falência do governo e do perigo real e imediato da falta de dinheiro na praça. E esse fenômeno já é visível: as pensões do Mercado do Bosque estão servindo menos comida que no fim do ano passado, indicativo de que as pessoas estão evitando gastar por conta do cenário desenhado pelo próprio Governo.

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Sem muita opção, Gladson repetidamente pede paciência. “Confiem em mim”, diz, sempre em resposta à militância ávida pelos presumidos espaços vazios da despetização que teima em não acontecer: por exemplo, o ocupante do lugar de Rêmulo Diniz foi um dos delegados de alta confiança do governo de Binho Marques para operações no interior. Getúlio Monteiro impôs pesadas derrotas ao crime no Vale do Envira nos idos de 2009/2011 afiançado então pela gestão do PT.


O Estado deve viver um período sob calamidade financeira ante à herança maldita da gestão passada. Mas esse é um fardo que não é exclusivo do Acre, porém vários outros Estados, inclusive em gestões que sucederam aliados, estão igualmente em terríveis dificuldades. De pires na mão em Brasília, Gladson conseguiu uns coturnos, coletes e acessórios para as polícias. De pires na mão no Acre, a Secretaria de Educação publica fotos de bules. Sem dinheiro para algo que vá influir na rotina de empobrecimento dos acreanos, o Governo retira a cor vermelha de suas marcas e diz que está tentando colocar o agronegócio no Zoneamento Ecológico do Estado como se este já não estivesse contemplado… Tal qual uma entidade vagando no caos, o Governo ressuscitou as filas para matricula nas escolas do Estado e a nomeação de aliados em empresas de massa falida porque não há melhor lugar para acomodá-los. Há deles tendo de se contentar com “diretorias” na Cageacre, Codisacre, Emater…


Dos 100 dias emergenciais 30 já se foram.


Os que davam mostras de ser tornar supersecretários pouco aparecem porque simplesmente não há agenda. O homem-forte do agronegócio, Paulo Wadt, dá mostra que ainda está tomando pé da situação e, sem recursos, sobrevive de visitas, convites, reuniões, vistorias…


Em seu lançamento, o plano emergencial nada trouxe de novidade porque se tratava de dar explicações rápidas à sociedade que pressiona o Governo para fazer diferente do PT. E continua do jeito que foi lançado.


Convivendo com mais problemas que soluções, o término do mês é um alívio para o Governo. Sai um tempo tradicionalmente cavernoso e chega um período de carnaval e festas. O problema é que a mensagem de janeiro ecoará pelos próximos 100 dias. Pelo menos.


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