O governador do Acre, Sebastião Viana, do PT, que entregou o cargo de chefe do executivo para a presidente do Tribunal de Justiça, a desembargadora Denise Bonfim, e viajou para Curitiba para mais uma vez hipotecar solidariedade ao ex-presidente Lula (PT) que foi preso após condenação pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, foi barrado juntamente com oito governadores na portaria do presido da sede da Polícia Federal por determinação do juiz Sergio Moro.
Segundo informações dos jornais de circulação nacional, o juiz Sergio Moro decidiu que o ex-presidente petista não terá esquema diferenciado em visitações, apesar de estar preso em Sala do Estado Maior. Moro destaca que nenhum outro privilégio foi concedido a Lula, inclusive quanto a visitações, aplicando-se o regime geral de visitas da carceragem da Polícia Federal, “a fim de não inviabilizar o adequado funcionamento da repartição pública”.
Insatisfeitos com a decisão da Justiça, Sebastião e outros oito governadores que deixaram as obrigações de seus cargos em seus estados para visitar o presidente Lula, redigiram e encaminharam um pedido de audiência com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármem Lúcia, com a justificativa que “nós, governadores de Estado do Brasil, solicitamos audiência para tratar de temas da pauta federativa e das garantias constitucionais”.
Esta é a segunda vez em menos de duas semanas que o governado Sebastião Viana deixa o cargo para visitar o ex-presidente Lula. Na semana passada, ele viajou para o Estado de São Paulo onde acompanhou o julgamento do Habeas Corpus preventivo que foi negado pela maiorias dos ministros do STF, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, juntamente outros governadores e políticos simpatizantes do ex-presidente.
Após tomarem conhecimento da decisão de proibição de visitas assinada pelo juiz Sérgio Moro, os governadores decidiram escrever uma carta ao ex-presidente Lula, destacando o apoio irrestrito ao cardeal petista. Sebastião Viana e os outros oito governadores assinaram a mensagem escrita à mão, antes de procurarem reverter mais uma decisão que eles consideram arbitrária com a ajuda da presidente do Supremo Tribunal Federal a quem solicitaram audiência.