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Trio que teria iniciado briga tem histórico de confusão, diz PC

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A cada novo depoimento mais informações surgem em torno da morte do estudante Rafael Frota, 26 anos, vítima fatal de um tiro disparado pelo policial federal Victor Manoel Campelo, 23 anos, no último sábado na boate Se7 Club, em Rio Branco, durante uma briga. O coordenador da Delegacia de Flagrantes, delegado Rodrigo Noll, que preside o inquérito, confirmou nesta terça-feira, 05, que os três rapazes que teriam sido os causadores da briga possuem um longo histórico de confusões em festas em Rio Branco. Os três não tiveram seus nomes oficialmente divulgados.


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Rodrigo Noll

Delegado Rodrigo Noll revela que trio já foi identificado pela Policia

“A gente tem informações de que as pessoas envolvidas na briga já teriam um longo histórico de confusões. Mas quem são essas pessoas e os nomes eu não posso informar agora, mas temos essas informações de que os causadores da briga têm um longo histórico de confusões em festas”, informou Rodrigo Noll.


O delegado disse que há alguns depoimentos conflitantes sobre o fato, mas acrescentou a informação, ao ser perguntado, de que uma das versões mais citadas é a de que um dos responsáveis pela confusão teria dado uma ‘cantada’ na namorada do agente federal e que o policial ao revidar foi empurrado, jogado no chão e espancado pelos três homens. Ao sacar a arma, Victor deu quatro disparos: um na própria perna, outro que tirou a vida de Rafael e dois em um dos rapazes que teria se envolvido na briga. Este último ainda se encontra hospitalizado no Pronto Socorro de Rio Branco.


“Esses detalhes também não posso confirmar porque tá pendente na investigação. Têm algumas versões, digamos assim, conflitantes, mas que não alteram o desenvolvimento dos fatos”, afirmou o delegado.


Logo após receber alta do hospital onde se recuperava de um ferimento causado também pelo disparo da arma, Victor Manoel foi preso a mando do juiz Fernando Nóbrega da Silva. Ele foi encaminhado à carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Rio Branco.


Dono da boate Se7 diz que causadores da briga estavam proibidos de frequentar o local

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Dono da boate Se7 diz que causadores da briga estavam proibidos de frequentar o local desde o ano passado

O empresário Wolney Paiva, proprietário da Se7 Club, disse que o trio que causou o incidente no último sábado estava proibido desde o ano passado de frequentar o ambiente por causa de uma briga que praticamente destruiu o interior da boate em 2015.


Eles só passaram pela portaria porque a pessoa responsável pela entrada não sabia da proibição da direção da boate. Era uma funcionária novata da empresa empregada há cinco meses.


“O ano passado eles literalmente destruíram a minha boate. Esses mesmos caras. Não o que faleceu. Com o que faleceu eu nunca tive problema. Era um frequentador que ia lá se divertir e ia embora. Agora, o que pegou o tiro e mais dois companheiros dele esses são vagabundos da maior marca que pode existir. Eles são expulsos de academia de Jiu-jítsu. Pegaram um cantor meu, porque o cara tirou uma brincadeira com eles, uma brincadeira mais inocente que pode existir, e quebraram o cara de porrada, e na hora quebraram a boate. Quebraram vidro, mesas, cadeiras. Não sobrou nada, nada, nada. São vagabundos conhecidos em casas noturnas”, diz o empresário. “Eles eram proibidos de entrar na minha boate. Quando tem algum problema de briga, a casa automaticamente não permite mais a entrada dessa pessoa. Mas o que aconteceu foi que houve uma troca da pessoa da porta. Esse acontecido foi no ano passado. E eles conseguiram entrar porque a moça que estava na porta não tinha conhecimento dessa proibição. Ela está na porta faz uns cinco meses.”


O empresário explica que obrigatoriamente todo policial precisa se identificar para entrar no local e foi o que fez o agente da Polícia Federal. “Tem que se identificar. Ninguém vai adivinhar. A casa fez o procedimento normal. Ela tá resguardada. É tanto que não existe acusação contra a casa. A Polícia Federal ela está amparada pela lei. Isso não quer dizer que dá o direito de ele atirar dentro de uma boate e nem sacar arma numa multidão. É a lei, não sou eu.”


O dono da boate também confirma a informação de que toda briga teria começado porque a namorada do policial teria levado uma ‘cantada’. Informação dada à polícia.


“Tá constatado que eles mexeram com a namorada do rapaz. A moça deu depoimento. Aí quando o cara foi falar, o cara não chegou atirando e nem batendo, não. Quando o cara foi falar um deles deu um murro no cara e o outro, em seguida, deu um empurrão. Foi aí que o cara caiu e começou o que você já sabe.”


O empresário decidiu que não irá abrir a boate na próxima sexta-feira em respeito à família de Rafael Frota.
No dia do incidente, sete seguranças trabalhavam no local. O proprietário informou que a boate possui apenas câmeras na parte externa e que as imagens da movimentação no sábado foram disponibilizadas à polícia para fundamentação do inquérito.


Acusações contra PF serão processadas e julgadas na 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital

agente e estudante


As acusações de homicídio qualificado por motivo fútil e lesão corporal de natureza grave contra o policial federal Victor Manoel Fernandes Campelo, 23 anos, serão processadas e julgadas perante a 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar da Capital, que tem como titular o juiz de Direito Alesson Braz. O auto de prisão em flagrante lavrado pela Polícia Civil, acompanhado do termo de homologação e conversão em prisão preventiva, foi distribuído nesta terça-feira (5) sob o nº 0007969-06.2016.8.01.0001.


A partir da distribuição do auto de prisão em flagrante a 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar, por se tratar de réu preso, a polícia civil tem o prazo de 10 dias para concluir o inquérito, ocasião que os autos serão remetidos ao Ministério Público para o oferecimento da denúncia.

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