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Condenado a 54 anos, colunista social Osmir Neto diz que foi preso por dar perfume de presente

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Preso em julho de 2013, condenado a 54 anos de prisão por crimes de abuso sexual contra 19 mulheres, entre elas menores, o colunista social Osmir Neto foi autorizado pela Justiça a conceder entrevista coletiva para dar suas explicações e se defender.


A entrevista, autorizada pela juíza da Vara de Execuções Penais, Luana Campos, foi concedida nesta quarta-feira, 07, na unidade prisional Papudinha, em Rio Branco, onde Osmir Neto está preso.

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O colunista se disse inocente de várias acusações feitas contra ele, e afirmou que houve um conluio entre algumas das modelos durante depoimento na Vara da Infância para incriminá-lo.


Ele também afirmou que as denúncias foram motivadas pela Operação Delivery, que à época estava sendo deflagrada pela Polícia Civil do Acre e que pôs na cadeia algumas pessoas envolvidas com o crime de pedofilia.


“Essa quantidade de denúncias foi motivada por aquela Operação Delivery, na qual esta operação deu a condição de estas meninas sentirem-se indenizadas a R$ 20 mil por cada denunciado. Isso criou um interesse fortíssimo entre as próprias garotas. Houve conluio dentro da própria 2ª Vara da Infância e da Juventude. Houve conluio e está nos autos. Me considero inocente porque eu nunca prostitui ninguém na minha agência. Eu nunca violentei ninguém. Saia comigo quem queria. Nenhuma dessas modelos saia comigo coagida.”


Osmir Neto afirma que há diversas “discrepâncias” no processo que culminou na sua condenação. “Eu depus às cegas sem saber o que estava sendo dito. Eu não pude ficar dentro da sala de audiência. Não me foi permitido. Eu não tive o direito de ouvi-las. Há discrepâncias gritantes neste processo. Quanto às condenações de exploração sexual eu tenho aqui em minhas mãos vários depoimentos, de várias modelos, elas dizendo que nunca se sentiram exploradas por mim. Das 10 que o Ministério Público denunciou, o juiz absolveu em duas, porque elas eram praticamente minhas namoradas, e absolveu as outras oito. Entretanto os depoimentos são todos similares. Há verossimilhança em todos os depoimentos. Por que absolver duas e oito deixar como condenação?”.


O colunista disse que foi condenado em um dos casos porque deu um perfume Chanel a uma de suas modelos, a quem ele chama de JK.


“Tem um caso aqui gritante que ele me condenou porque eu dei um presente de aniversário, um perfume a uma de minhas modelos, a JK. Ela dizia que gostava de Chanel, e eu no dia do seu aniversário dei um Chanel pra ela. E por isso fui condenado. Quer dizer, ninguém pode mais presentear ninguém porque tudo vira objeto de exploração sexual?”


Osmir Neto foi preso no dia 03 de julho de 2013 por determinação do juiz Romário Divino, da Vara da Infância e da Adolescência, em sua agência de moda, a Orion, no Centro Empresarial Rio Branco, local onde ele agenciava meninas e com elas matinhas relações sexuais. Ele foi condenado por estupro de vulnerável e posse sexual mediante fraude.


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