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Miguel Proença: O pianista com alma de criança diz até logo

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unnamed (4)“A minha missão é levar música a vocês, para que não se esqueçam. E não esquecemos o que emociona a gente”. A frase, dita pelo pianista Miguel Proença, foi dirigida aos ilustres convidados para a estreia da sétima edição do projeto “Piano Brasil”, na última quarta-feira, 8. A atividade ocorreu no Teatro Plácido de Castro, em Rio Branco.


Ansiosas para assistir ao ensaio aberto, centenas de crianças da rede pública de ensino, com idade entre 5 e 8 anos, expressavam excitação e curiosidade. Havia pelo menos três boas justificativas, já que a maioria experimentava de tudo aquilo pela primeira vez. O ambiente do teatro, a oportunidade de ver e tocar um piano e, ainda, a emoção provocada pela vibração da música erudita.


Do palco, o artista interagia com o público a todo momento. Brincou, conversou, fez perguntas e ensinou aos menores como se portar em um espetáculo, além de contar histórias das obras que reproduz e da carreira pessoal. O projeto congrega música e educação para superar uma antiga barreira cultural, que é a formação de plateia. O show, então, acaba virando uma aula prazerosa.

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E a distribuição da cartilha “Piano Brasil VII” reforça o conteúdo apresentado. As imagens são da artista Bruna Assis Brasil, que também ilustrou a recente publicação infantil da jornalista Adriana Carranca: “Malala”. O autor dos textos é o maestro Ricardo Prado, responsável por uma revolução criativa, pedagógica e administrativa na Escola de Música Villa-Lobos, no Rio de Janeiro.


Quando a mágica acontece…


Agora a experiência já está no campo das memórias que ninguém esquece. Afinal, a primeiridade é um sentimento único. Que o diga o comunicativo Ezequiel Martins, que deixou o ensaio com os olhos brilhando e vontade de quero mais. “O pianista tocando, o espaço, eu achei muito interessante. Foi a minha primeira vez e pude ver tudo de pertinho”, confirma.


O rapazinho simpático de cabelos lisos na altura dos ombros responde ligeiro quando questionado se pretende retornar, e confessa que sim. A colega Michele Sombra economiza palavras, mas sorri satisfeita e avalia o que acabou de viver: “Foi muito legal, muito bonito. Nunca tinha ido ao teatro”. Dia histórico para os alunos das escolas Bom Jesus, Mário Lobão e Djanira Bezerra dos Reis.


A despedida


Fora a abertura, o “Piano Brasil” promoveu uma masterclass na Usina de Arte. O encontro, na quinta-feira, 9, gerou uma reflexão sobre o resgate da história do movimento erudito no Acre e uma troca de experiências entre o pianista e alunos e professores de música. A atividade se encerrou com um recital executado na sexta-feira, 10. Quem foi ao Teatro Plácido de Castro pediu bis.


A ação já alcançou 134 cidades do país e, em 2015, deve passar pelas cinco regiões até o mês de novembro. A proposta inicial surgiu após a divulgação da coletânea “Piano Brasileiro”, lançada em 2005 pela Biscoito Fino. A Unesco – pasta de cultura da Organização das Nações Unidas (ONU) – concedeu o título de “Patrimônio da Música Brasileira” à obra.


O nome do gaúcho de Quaraí está gravado no muro da fama da Steinway&Sons, na Alemanha, que homenageia os pianistas mais relevantes do mundo. “Toco pelo Brasil, Europa e outros cantos do mundo há 50 anos, mas demorei para chegar aqui. Porém, fiz questão de trazer o concerto porque é um contato importante com a Amazônia e as novas gerações”, ressalta Proença.


A realização é da Delphos Produções e do Ministério da Cultura (MinC), com patrocínio do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e da Caixa Econômica Federal (CEF). Apoio da prefeitura de Rio Branco, representada pela Fundação Garibaldi Brasil (FGB), e do governo do Estado, por meio da Fundação Elias Mansour (FEM).


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