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Cansada de viver na lama, mulher cava quintal e AP de idosa ameaça desabar

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Um situação de risco tem tirado o sono da dona de casa, Irene Silva, 61 anos, que teve parte de sua residência interditada na tarde de ontem, 19, pela equipe de vistoria do Corpo de Bombeiros. Segundo a idosa, o problema teria se agravado após sua vizinha dos fundos, Nelzi Pereira Malaquias, ter retirado barro do quintal que apoiava o muro de proteção, que servia ainda de alicerce, contenção e dividia os terrenos.


IMG-20150120-WA0017No mesmo terreno, além da casa da idosa foi edificado também um pequeno apartamento de dois pisos, onde reside um de seus filhos. Ela relata que a medida que sua vizinha escavava o fundo do quintal aumentava os riscos e tornava a área passível de um desmoronamento, tanto que o restante do muro desmoronou comprometendo o apartamento, que precisou ser evacuado e interditado na tarde de ontem (19).


“Ontem não deu tempo nem tirar todas as coisas lá de dentro. Ainda ficou duas geladeiras e um guarda roupa. Não podemos entrar pra tirar e a construção corre o risco de desabar a qualquer momento. Nossa situação é triste porque estamos sem saber o que fazer. O Corpo de Bombeiro isolou meu quinta e da vizinha do meu lado esquerdo. Eles disseram que todo esse lado alto do terreno pode desabar a qualquer momento. Na verdade, nos falta uma orientação, precisamos de ajuda!”, disse a idosa.

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A vizinha


IMG-20150120-WA0030A reportagem ouviu a versão da vizinha, Nelzi Pereira Malaquias, 42 anos, que argumenta viver num lamaçal no seu quintal desde que comprou a propriedade no ano passado. Ela relata que do quintal de dona Irene Silva cai água constantemente e deixa seu quintal intransitável. Em novembro, devido ao excesso de água e barro molhado, acabou vindo abaixo a mureta (pequeno muro) que protegia sua área da lavanderia.


Desde então, ela conta que buscou ajuda das autoridades competentes (Defesa Civil) para avaliarem a situação e só obteve silêncio por parte do órgão. Com documentos em mãos, ela mostra até uma ação protocolada no Ministério Público Estadual (MPE) relatando o problema.


Cansada de peregrinar em busca de ajuda, ela afirma que decidiu cavar – em busca de um cano vindo da casa de dona Irene -, pois acreditava que esse podia ser o motivo do problema, mas a situação acabou tomando outros rumos, comprometendo tanto a propriedade da vizinha como a sua, já que se houver o desmoronamento do apartamento cairá sobre a sua casa em virtude do terreno ser acidentado.


“Fui em todos os órgãos, eles vieram aqui tiraram fotos e se limitam a dizer que tá perigoso e nada fazem. Eu preciso de orientação, não sei como fazer pra resolver isso. O risco é grande e ninguém diz nada. A vizinha diz que a água que inunda meu quintal não era da casa dela, mas eu cavei e achamos um cano que despeja água no meu quintal, sim. Eu também corro risco, eu posso morrer alagada ou soterrada, isso aqui parece ser problema infinito”, desabafou.


Defesa Civil


Em contato com o coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel George Santos, a reportagem do ac24horas foi informada que o órgão está inteirado da situação e que uma equipe esteve no local nas primeiras horas da manhã averiguando a situação e elaborando um relatório técnico da situação e, posteriormente, será encaminhado, por meio de notificação, a Comissão Municipal de Desenvolvimento Urbano (SGDU).


George Santos lamentou o fato de uma das moradoras ‘cobrar uma responsabilidade que não cabe ao órgão’. “A moradora foi o agente causador do desmoronamento, uma vez que a mesma -em o devido acompanhamento técnico ou a presença de um engenheiro responsável- deu início a uma obra sem aval de um especialista. Agora, o próximo encaminhamento será uma análise detalha da Comissão Municipal de Desenvolvimento e Gestão Urbana (SGDU), que seguirá com acompanhamento técnico para, então, verificar qual a melhor decisão a ser adotada para essa situação”, explicou George Santos.


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