Escolas particulares começaram a comunicar aos pais os percentuais de reajuste das mensalidades de 2015. Os valores levam em conta novas propostas educacionais, aumento de salários de professores e outras despesas e investimentos. Normalmente, o reajuste supera a inflação, mas não pode ser abusivo. Para não haver prejuízo à escola ou pais, a recomendação é transparência e diálogo. No Acre, o aumento varia entre 5% e 14%.
De acordo com a chefe de Fiscalização do Departamento Estadual de Defesa do Consumidor do Acre (Procon-AC), não há aumento único. Algumas escolas aumentaram 5%, porém, outras sofreram aumentos mais fortes, que, inclusive, chegam aos 14% de acréscimo nas mensalidades educacionais.
“Na verdade, as escolas variam muito na hora de aumentar as mensalidades, então a gente constatou que o menor aumento foi de cinco e o mais foi de quatorze por cento. Ao todo fiscalizamos 23 escolas privadas e destas, 22 apresentam aumento nos preços”, explica a agente.
De acordo com o Procon, não existe uma lei que limite o reajuste de percentual das mensalidades escolares. Mas, ainda assim, o aumento precisa ser feito em propostas pedagógicas, ou seja, precisam, realmente, trazer benefícios aos alunos matriculados.
Josiane Andrade, funcionária pública, tem uma filha estudando em escola particular. Ela conta que mesmo sendo apenas uma mensalidade, o custo é alto, visto que além da parcela existem gastos com os livros, fardas, transporte e alimentação.
“Mesmo que a gente pague menos na hora da mensalidade, esse não é o único gasto. Na escola particular tem que comprar o lanche, a farda tem que ser boa, e tem também o gasto com o transporte para ir de voltar”, reclama.A mãe afirma temer que a parcela aumente e ela não tenha condições de pagar. “Fico preocupada todos os anos. Se a parcela aumentar muito tenho medo de não conseguir pagar. Minha prioridade é a educação da minha filha, mas sempre tem aquele receio”, conta.
