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Bebê de 5 meses pode morrer caso não seja transferido às pressas para SP

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Uma bebê de apenas cinco meses, que nasceu com uma rara doença corre sério risco de vida. A criança está internada na Unidade Semi-Intensiva do Hospital da Criança, em Rio Branco (AC), desde o mês de setembro do ano passado. Sem previsão de transferência, a família exige que o Estado se posicione e resolva o problema.


Procurado, o ac24horas conversou com a mãe da criança, a jovem Luciana Silva, de 16 anos. Ela conta que reside na zona rural de Tarauacá (AC), próximo à divisa com a cidade de Cruzeiro do Sul (AC), distante pouco mais de 600 quilômetros da capital acreana. Segundo ela, com o difícil acesso à área em que mora, é mais fácil ficar na cidade e acompanhar o tratamento da filha.

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Internada desde o ano passado, a criança já recebeu alta médica. O documento, disponibilizado exclusivamente ao site, mostra que a autorização de liberação da criança foi assinada no último dia 05 de janeiro, mas, até esta quinta-feira, 08, aparentemente nada havia sido viabilizado para que a bebê fosse encaminhada ao Hospital Geral de Bauru, no estado de São Paulo, região Sudeste do país. A mãe reclama da situação.


IMG-20150106-WA0011“Já estou aqui em Rio Branco desde o mês de setembro, e até agora, nada. Eles dizem que estão tentando mandar minha filha, mas nunca me confirmam a data. Já ficaram de me levar na segunda retrasada, mas até agora nada. Por último eles me disseram que seria até este final de semana, mas não me confirmaram novamente, e agora estou muito preocupada com o que pode acontecer”, esclarece a mãe da criança.


Ainda segundo Juliana, os médicos já afirmaram que a criança necessita, urgentemente, da viagem e que a doença é muito rara, portanto, se faz necessário uma análise mais especifica da situação clínica da criança, o que deve ser efeito por especialistas que prestam serviço ao Hospital de Bauru.


Os problemas começaram, relata Juliana, logo que a criança nasceu. “Quando minha filha nasceu, junto nasceram os problemas. Desde esse dia, sempre tenho que estar em hospitais. Sempre estava indo para Cruzeiro [do Sul] e me mandaram para Rio Branco”, comenta Juliana, que acompanha a pequena menina.


Bastante emocionada, a jovem comenta que antes dessa internação duradoura, a criança esteve internada por um mês, logo depois de nascer, mas teve alta. Mesmo assim, as complicações continuaram e foi preciso novos procedimentos médicos.  “Já pedi, inclusive, que os médicos tirem minha filha da semi-intensiva, porque tem muitas crianças doentes com gripe e pneumonia, e minha filha tem a imunidade bastante baixa, tenho medo de tudo se complicar”, complementa a mãe.


Além disso, Juliana denuncia a falta de um fonoaudiologista na unidade de saúde, o que também causa complicações no quadro de saúde da filha dela, tendo-se em conta que a bebê não se alimenta pela boca, mas por uma sonda. “Faz uns dias que minha filha não é acompanhada pela fonoaudióloga daqui. Ela está de férias e nenhum outro veio fazer o acompanhamento da minha bebê”, denuncia.


Após ouvir o depoimento de Juliana Silva, a Reportagem procurou, de imediato, a Direção do Hospital da Criança. No departamento, o ac24horas foi recebido pela diretora-geral da unidade, recém-admitida ao cargo, Rossana de Oliveira. A gestora explicou sobre as ações tomadas para resolver os problemas.


Questionada sobre a falta de fonoaudiólogos, a diretora esclarece que já foram tomadas as providencias para manter os serviços em dia. Além disso, ela confirmou que um dos profissionais está em férias. “Nós temos um fonoaudiólogo que dá assistência ao HC, sendo que no momento ele está de férias, mas já foi acionada outra fonoaudióloga para dar assistência a esses pacientes”, explica Rossana.


O ac24horas também questionou a diretora sobre a transferência da criança para são Paulo, mas, segundo ela, essa é uma competência da Secretaria de Saúde, devendo o centro, apenas, prover a autorização médica de transferência. Ele conta que também já tomou providencias sobre o caso. “Essa questão já foi solicitada para a Sesacre. A nossa assistente social daqui também já está acompanhando, e nós estamos aguardando um retorno para que tudo seja solucionado”, esclarece a gestora do Hospital da Criança.


Ainda segundo o Hospital da Criança, a Gol Linhas Aéreas, empresa responsável por fazer o translado dos pacientes, negou-se a transportar a criança, alegando que a quantidade de oxigênio solicitada pela médica não está de acordo com as possibilidades da aeronave e que, portanto, a criança podia não resistir ao voo e morrer. A empresa foi contatada pelo telefone de Rio Branco, mas ninguém atendeu ou retornou às ligações.


Sabendo que a decisão final é de responsabilidade da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), a reportagem foi em busca dos esclarecimentos do secretário da pasta, Armando Melo, que também assumiu o órgão no início da semana. Segundo o gestor, a criança deverá ser encaminhada, já nos próximos dias, para a cidade paulista.


Ainda segundo o secretário, o pagamento e a autorização médica já foram providenciados para viabilizar a transferência da paciente. “Já foi autorizado o serviço de UTI no Ar para a criança, conforme solicitou o médico. Estamos aguardando somente os trâmites legais para transferi-la para um hospital de referência”, destaca Armando.


Ao ac24horas, Melo destacou que “o governo do Estado não mede esforços para garantir à população acesso a serviços de saúde essenciais para preservação da vida”, lembrou Armando Melo, secretário de Estado de Saúde do Acre, que mesmo em meio às dificuldades impostas pela burocracia, não hesitou em acelerar o processo de resolução do caso.


NOTA DA REDAÇÃO: O Portal ac24hroas vai acompanhar o caso da criança e informá-las à população acreana com imparcialidade, mantendo sempre o compromisso com a imparcialidade e verdade dos fatos.

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