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2014: um ano político que merece uma reflexão

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Foi uma ano muito agitado politicamente. Nenhuma outra eleição no Brasil tinha mexido tanto com os brasileiros como a que aconteceu em 2014. Isso graças as redes sociais que transformaram cada eleitor num militante emitindo opiniões públicas. A liberdade de expressão transformou o pleito numa verdadeira “guerra” de informações. Durante o processo de campanha as posições foram se radicalizando. Houve movimentos a favor e contra o PT. Pouca gente ficou em cima do muro. A pancadaria na internet se generalizou e afetou o andamento da disputa eleitoral. Portanto, esse fator “virtual” fez toda a diferença em relação às outras eleições brasileiras. A “coisa” chegou a tal grau de radicalismo que muitas amizades foram desfeitas pelo caminho. A opinião pública “rachou” literalmente. Os eleitores, através das redes sociais, rivalizaram com os meios de comunicação tradicionais e com os marqueteiros dos candidatos. A liberdade do espaço web permitiu que tanto “verdades” quanto “mentiras” fossem propagadas ao vento influenciando a decisão soberana dos eleitores. Um verdadeiro “vale tudo” para incentivar o desejo de mudança das pessoas. Um teste para a democracia brasileira que parece ter sobrevivido bem ao embate.


A maior vítima
Na minha avaliação a maior vítima da “pancadaria” e das “mentiras” propagadas pela rede de computadores foi Marina Silva (Rede). Utilizando a televisão, o rádio e, sobretudo, as mídias da internet o PT conseguiu descontruir a imagem da acreana que liderou as pesquisas por algum tempo.

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Terceiro turno
O envolvimento das “pessoas comuns” durante a eleição foi tão grande que obviamente o resultado final não foi aceito. Assim houve uma tentativa deliberada de prorrogar o jogo além da sentença das urnas. Alguns políticos derrotados tentaram essa manobra que, afinal, parece não ter dado em nada.


Sentimento de mudança
O PT tornou-se no Brasil uma espécie de PRI mexicano(no poder há 80 anos). Conseguiu mexer com fatores sociais que, por outro lado, garantiram um durabilidade eleitoral ao partido. Isso faz parte da política. Outros partidos tiveram a mesma chance, mas não aproveitaram tão bem.


O Acre dividido
Aqui no Estado a oposição teve a maior oportunidade das eleições mais recentes de fazer a alternância de poder. Não conseguiu por pura incompetência de alguns dos seus líderes. Mas a população mostrou que quer mudança. Isso só não aconteceu por falta de credibilidade de alguns candidatos da oposição.


Ninguém troca o certo pelo duvidoso
O discurso petista acreano de pagamento em dia dos servidores e da divisão da oposição pegou mais uma vez. Além disso, apesar do sentimento de mudança, a oposição não mostrou claramente um plano de alternância de poder. Mesmo assim ficou apenas 3% da vitória no segundo turno.


Falta de opções
Mesmo o governador eleito Tião Viana (PT) não teve 100% dos votos. Parte dos seus eleitores optaram pelo “dos males o menor”. Assim como Márcio Bittar (PSDB) teve votação expressiva de votos contra o PT. Nem 20% eram votos pessoais. Acredito que se tivesse aparecido “o novo” na disputa teria ganho.


A hora de cuidar da vida
Considero que os eleitos para a Câmara Federal e à ALEAC poderão provocar as mudanças esperadas pela população acreana. As novas caras da política acreana podem fazer a diferença. Vai haver transformação porque é esse o clima que se respira no Acre. Quem souber captar em cima vai se dar bem.


Vitorioso
Quem saiu bem da eleição foi Gladson Cameli (PP). Eleito senador com uma votação expressiva soube “surfar” no clima de mudança do Estado. Se fizer um bom mandato no Senado poderá sonhar com voos mais altos.


Aproveitando a chance
O jovem prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre (PT), também projeta um futuro político positivo. Ninguém pode negar que ele está trabalhando muito. E, surpreendentemente, sabe equilibrar as ações da sua gestão com a política.


Se souber…
O deputado estadual eleito com a maior votação da história do Acre, Ney Amorim (PT), também está no jogo político do futuro. Será o presidente da ALEAC e poderá mudar esse quadro de descrédito que a atual legislatura deixou. Se reaproximar os deputados estaduais da população ficará forte.


Novas lideranças da oposição
A deputada estadual Eliane Sinhasique (PMDB) e o federal Major Rocha (PSDB) têm tudo para brilharem. Eles pensam diferente das atuais lideranças oposicionistas acreanas. Mas precisam fazer o caminho correto, ou seja, primeiro fazer as mudanças dentro da oposição para depois pensarem na alternância de poder.


Quem pode surpreender
A deputada federal eleita Jéssica Sales (PMDB), ao contrário do que muitos imaginam, não é um “poste”. Médica formada, Jéssica tem opiniões próprias. Poderá trazer renovação política, inclusive, ao clã do seu pai prefeito Vagner Sales (PMDB). É só deixarem ela opinar.


Outra aposta
A vice-governadora eleita Nazaré Araújo (PT) também tem tudo para crescer politicamente. Filha do primeiro governador acreano José Augusto, Nazaré entende de gestão. Os seus anos na PGE lhe deram uma boa formação. É simpática e carismática. É outra que se não “amarrarem” poderá ir longe.


Entre os que perderam
O destaque maior é para Marfisa Galvão (PSD). Perdeu a eleição por apenas 100 votos, mas continua a fazer política. Ao contrário do que imaginam não vive a reboque do marido senador Sérgio Petecão (PSD). Marfisa tem opiniões próprias e conseguiu estabelecer uma base política sua na campanha. Ainda pode dar o que falar.

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O destino de Perpétua
Não acredito que a deputada federal Perpétua Almeida (PC do B) vá se afastar da política. Boa parlamentar e experiente, se ela resolver assumir publicamente o que realmente pensa poderá ter um futuro promissor na política acreana. Na minha avaliação, a dependência política que o seu partido criou com o PT mais atrapalha do que ajuda. A Perpétua candidata ao Senado não foi nem de longe a “guerreira” com opiniões próprias e grande capacidade de ação que acompanhei nos seus três mandatos de federal. Se tiver coragem de assumir o seus “pontos de vistas” e não cair no comodismo dos cargos poderá ainda surpreender muita gente.


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