Cansados de levar calote e de não ter suas reivindicações atendidas, os policiais civis, durante o manifesto realizado na manhã desta quarta-feira (8), prometeram radicalizar e afirmaram que não vão mais “quebrar o galho” do governo de Sebastião Viana (PT)
Segundo o presidente do Sindicato do Policiais Civis do Estado do Acre (Sinpol/AC), Itamir Lima, o “quebrar o galho” a que se refere a categoria são os desvios de funções e atribuições que policiais e escrivães eram submetidos dentro das delegacias.
“Estamos cansados com tamanha falta de respeito, há cerca de três anos que o Governo vem prometendo atender nossas reivindicações e não cumpre com a promessa. Estamos cansados de servir de ‘quebra galho’ dentro da polícia, trabalhamos em funções que não é de nossa competência, trabalhar em condições precárias e com a mínima estrutura e muitas vezes tirar dinheiro do bolso para custear combustível para as viaturas, comprar papel e até copos descartáveis, tudo isso para oferecer um atendimento no mínimo digno a população, mas agora vamos cumprir o que a Lei determina e fazer apenas aquilo que nos compete como policiais, e mais, exigir condições mínimas de serviço, como por exemplo coletes balísticos, armamentos e munições em perfeito estado e dentro da validade. Se o Governo quiser manter os índices de resolutividade de crimes acima da média nacional vai ter que fazer concurso público para suprir a carência de efetivo, pois não iremos mais trabalhar por dois ou três como acontecia até bem pouco tempo”, protestou Lima.
O Sinpol preparou uma cartilha em forma de panfleto que foi distribuída a categoria como forma a orientar com os procedimentos adotados a partir da “Operação Cumpra-se a Lei”. O informativo traz orientações sobre direitos e deveres de agentes e escrivães durante o exercício da profissão. Os informativos também estarão disponíveis nas delegacias.
O Sindicato orientou ainda aos profissionais que durante o atendimento seja explicado a população como será o atendimento nas delegacias regionais e especializadas, bem como a disponibilização de um panfleto intitulado “Caos Anunciado da Polícia Civil”, onde os usuários dos serviços das delegacias poderão entender um pouco mais os motivos das manifestações da categoria.