Dissidentes de FPA e oposição lançam terceira via em Cruzeiro do Sul.
Os partidos estão se mobilizando em Cruzeiro do Sul a espera de um desfecho no processo de do prefeito Vagner Sales (PMDB), que teve o mandado cassado por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que condenou o gestor municipal com base em um processo de peculato que envolveu outros 26 deputados estaduais, incluindo o vice-governador do Acre, César Messias, que não teve o processo colocado em pauta no TJ Acre.
Partidos que integraram a FPA e o bloco de que elegeu Vagner Sales decidiram fazer uma coalização partidária para se houver uma nova eleição lançar um candidato sem vínculos com a atual administração nem com o PT, partido que comanda a FPA. Os representante de PRB, PSC, DEM, PSDC, PV e PSOL querem lançar uma chapa alternativa à prefeitura, caso a extinção do mandato de Vagner Sales seja confirmada pela Justiça.
A defesa do prefeito ingressou com um pedido de reconhecimento de prescrição do processo que teria prescrevido antes do julgamento no STF. Os advogados descobriram que a ação prescreveu seis dias antes do julgamento, o que em tese garantiria a permanência de Vagner Sales à frente da administração municipal da segunda maior cidade do Acre. Os líderes da terceira via alegam ser dissidente da FPA e da oposição.
Por enquanto os partidos ainda não escolheram o nome que encabeçaria a chapa majoritária de terceira via. “O povo precisa de algo novo. A oposição e a Frente Popular não foram capazes, em todos esses anos, de suprir esses anseios. O coletivo pretende dialogar como as comunidades e formular uma proposta política para o município”, diz Márcio Venício, presidente do PSDC.
Para o presidente do PV, Romisson Moura, é preciso criar uma nova cultura política e resgatar princípios e valores que norteiam os homens públicos. “Estamos vivenciando uma crise de represente da classe política e, infelizmente, de algumas instituições”, enfatiza o dirigente.
