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No Acre, Ministro da Justiça diz que vai combater redes que fomentam migração ilegal do Haiti para o Brasil

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O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, visitou abrigos onde 1.300 haitianos estão abrigados, na cidade de Brasiléia, no Acre, fronteira do Brasil com a Bolívia. Durante a passagem do ministro, o governo estadual fez um balanço das ações desenvolvidas pela força-tarefa, em razão da situação de emergência humanitária decretada pelo governador Tião Viana (PT) há duas semanas. Cardozo anunciou o combate mais efetivo aos “coiotes” –redes internacionais que estariam se formando para lucrar ajudando imigrantes ilegais a entrar no país por via terrestre.


“Estamos estudando a possibilidade de ampliar o acolhimento de pedidos de vistos em Porto Príncipe [capital do Haiti]. É uma das alternativas que podemos adotar para garantir que esses imigrantes cheguem ao Brasil por avião, gastando menos e em maior segurança”, disse o ministro.

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Há no grupo outros 60 imigrantes vindos de Senegal, Bangladesh e República Dominicana.


O secretário de Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, afirmou que “esse tipo de medida é salutar, porém insuficiente”. “Precisamos de ação diplomática forte entre Brasil, Peru e Bolívia.”


O governador do Acre, que cumpre agenda oficial fora do Estado, afirmou que desconfia que uma rede internacional de tráfico de pessoas esteja agindo no Estado. “Podemos ter pessoas que chegam com outros propósitos –e não apenas fugir da realidade social intolerável de seus países.” Viana disse que, à exceção do Brasil, Peru e Bolívia não têm tratado a questão com a devida importância.


O ministro visitou os imigrantes que estão acomodados numa quadra de esportes de uma escola e no ginásio poliesportivo da cidade. Ele também inspecionou as unidades de saúde, que receberam nesta quinta-feira duas toneladas e meia de medicamentos do governo federal. De forma espontânea, os haitianos são imunizados contra influenza, hepatites e febre amarela.


Todos os imigrantes já estão documentados, com CPF e carteira de trabalho. Em oito dias, 300 haitianos abrigados no Acre foram contratados por empresas de Santa Catarina, São Paulo e Paraná. Os empregadores fizeram solicitações por perfis diversos.


Panificação, frigorífico, granjas, construção civil e mecânica de automóveis são os setores mais carentes, segundo informou o secretário. “Creio que a força-tarefa cumpriu a sua missão, muito embora a emergência humanitária tenha validade de 180 dias”, finalizou Nilson Mourão.


Assem Neto, 
Do UOL, em Rio Branco


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