Escrito por Archibaldo Antunes, do Página 20
O presidente regional do Partido Social Democrata Cristão (PSDC), José Afonso Fernandes, desmentiu a notícia publicada por este site, segundo a qual a sigla deixará a Frente Popular do Acre. Ele revelou ter sido procurado por um empresário do ramo de transportes que lhe ofereceu vantagens em troca do ingresso do PSDC em uma aliança de oposição, mas descartou tal possibilidade.
“Nós continuamos na base do governo e estamos unidos em torno da candidatura de Marcus Alexandre”, disse, sem revelar o nome do empresário. As vantagens seriam para o partido e para o próprio José Afonso.
Segundo ele, a história de unidade do PSDC com a FPA é antiga. “O partido esteve afastado da aliança em um período que coincidiu com o meu afastamento da presidência”, assegurou.
Caixa-dois
Sobre o que denominou de “maneira obscura de cooptação”, Afonso citou a possibilidade de haver na proposta crime eleitoral, já que o recurso que lhe ofereceram sairia do caixa-dois de campanha. Membros de uma segunda aliança de oposição também o teriam procurado na tentativa de tirar o PSDC da base governista.
Afonso aproveitou a oportunidade para realçar a importância do trabalho do partido no Estado. “Se estamos sendo procurados dessa maneira, é porque o partido cresceu e se tornou importante no Acre”, pontuou.
Apesar do assédio, o presidente do PSDC afirmou que sequer vai conversar com os interlocutores que o procuram. “Em respeito aos nossos aliados da Frente Popular, nós sequer vamos atender aos pedidos de diálogo. Não tem conversa. Até porque o PSDC não aceita esse tipo de proposta”, concluiu.
