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Em rota de colisão, partidos indicam coletivamente que Angelim faça empréstimo junto ao governo do Acre

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Jairo Carioca,
da redação de ac24horas
jscarioca@globo.com


A desarticulação do prefeito Raimundo Angelim com a Câmara Municipal apresenta um cenário confuso e novo na política de Rio Branco. Neste final de semana PSDB, PP, PTC, PPS, PMDB e membros da diretoria do PRP resolveram fechar questão contra o projeto de lei que prevê o empréstimo de R$ 3 milhões de reais do município junto à caixa econômica federal. A proposta que já foi derrubada semana passada poderá ser reapresentada na próxima terça-feira (27) com oito assinaturas, conforme prevê a Lei Orgânica do município em seu artigo 12, parágrafo 6º. Na colisão, governistas acusam os vereadores de oposição de prejudicarem a população. Por outro lado, são cobrados por mais transparência. O sinal vermelho foi aceso.

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O planejamento da prefeitura alega que gastou nas ações da ajuda aos alagados R$ 3 milhões dos recursos para contrapartida de obras em andamento e financiadas pelo governo federal, orçadas em R$ 77 milhões, mas não consegue esclarecer onde e como gastou esse montante.


Bloco quer mais transparência com gastos feitos na ajuda aos alagados

Para o bloco de resistência, Angelim tenta colocar nas costas dos vereadores a falta de planejamento. “Por que o IPTU até hoje não foi para as ruas, seria uma alternativa para arrecadar e como prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal fazer a contrapartida com recursos próprios e não se endividando no último ano de administração”, comentou Alisson Bestene [PP].


A não apresentação por parte do executivo dos restaurantes que forneceram marmitas para as famílias que sofreram com a alagação tem um poder incendiário na questão. Há suspeitas de que empresas ligadas ao grupo do ex-vereador Pascal Kalil [atual procurador do município], tenham fornecido alimentação. Os vereadores querem saber de que forma vem sendo aplicado os R$ 10 milhões que a presidente Dilma enviou para o Acre.


Outro ponto de desconfiança é a recusa do governador Tião Viana em aceitar ajuda do governo de Minas Gerais que doou 2.500 sacolões para as famílias que sofreram com a alagação. “Se estão recusando ajuda é porque não precisam de dinheiro”, disse o tucano Alonso Andrade.


A soberba de Tião Viana não colabora para acalmar os ânimos, na terça-feira os partidos de resistência prometem apresentar uma indicação coletiva para que o empréstimo ao prefeito Raimundo Angelim seja feito pelo governo do Estado. Na opinião de Cabide[PTC], “isso afinaria o discurso governista de que com Dilma, Tião e Angelim o Acre ganharia muito mais”, disse o líder do PTC na Câmara.


– Um governo que rejeita ajuda é por que tem muita bala na agulha. Tá na hora de eles demonstrarem a união que tanto pregam. Somos contra mais um endividamento, o povo já paga muito caro pelos mais de 2 bilhões já emprestados aos governos do PT. Todo ano eleitoral é sempre assim – disse o sargento e vereador Vieira.


A aprovação da lei é incerta. Com o apoio de dirigentes do PRP, sexto partido da lista dos que prometeram fechar questão, o projeto poderá nem ser reapresentado. Em tese, os vereadores Elias Campos e Raimundo Vaz, que votam com o prefeito, ficam impedidos até de assinar a reapresentação do projeto nessa legislatura. A executiva municipal promete acionar o Conselho de Ética caso aconteça uma rebelião dos parlamentares.


Essa é a segunda vez que Angelim encontra sérias dificuldades de diálogo com os vereadores. A primeira foi durante o processo de reversão do Saerb. A Frente Popular não esconde a experiência traumática e já estuda um plano B, que seria o remanejamento de verbas de outros setores para garantir a contrapartida e evitar a completa paralisação de obras nos bairros Vitória, Placas e Nova Estação.


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