O ex-prefeito de Feijó, Raimundo Ferreira Pinheiro, o Dindim, 62 anos, e seu irmão cujo nome ainda não foi revelado, foram alvos na manhã desta quarta-feira, 17, de uma operação conjunta do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Acre com a Polícia Militar do Acre (PMAC), para cumprimento de mandados de busca e apreensão contra os dois investigados por supostamente ameaçarem um desembargador do Tribunal de Justiça do Acre. O nome do magistrado não foi revelado na coletiva de imprensa realizada nesta manhã na sede do Ministério Público para repassar maiores detalhes para a imprensa.
A operação faz parte do procedimento de investigação criminal instaurado pelo MPAC para apurar a prática do crime de ameaça perpetrado contra um desembargador do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC). Durante as buscas, foram apreendidas duas armas de fogo além de celulares e mídias.
Conforme informações contidas nos autos, a ameaça ocorreu em decorrência da atividade jurisdicional do desembargador no julgamento que gerou a inelegibilidade de um ex-prefeito do município. Dindim foi condenado por improbidade administrativa ao desviar recursos destinados à saúde do município para contratar um show artístico para o Festival do Açaí. A decisão originária é do Juízo da Vara Cível de Feijó e logo em seguida foi confirma pelo desembargador em questão que não acatou os recursos do ex-gestor.
De acordo com o coordenador do Gaeco, Bernardo Albano, o ex-prefeito teria proferido as ameaças no final do mês de março. Ele teria ido até o gabinete do desembargador e como o magistrado não estava, deu o recado ameaçado a chefia de gabinete da autoridade.
O nome da Operação Algar faz referência ao sinônimo da palavra “cova”, pois no contexto da ameaça, foi mencionado que o desembargador seria levado “para o buraco” e que supostamente o investigado teria ajuda de seu irmão.