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Foi um desfile muito engraçado, não tinha gente, não tinha nada…

FOTO: REPRODUÇÃO

Como previsto, tivemos um sete de setembro para ficar na história. Na história da vergonha. Nunca antes na história deste país, como diria Lula da Silva, tivemos um Dia da Independência tão vergonhoso para aqueles que governam o Brasil em qualquer dos três poderes constitucionais, já que sob lupa aparecem outros poderes paralelos na cena brasileira.


Em Brasília, apesar da severa convocação de servidores públicos federais para o ato comemorativo do Dia da Independência, a esplanada flopou, quer dizer, fracassou absolutamente. As centenas de imagens que me dispenso de linkar, são pródigas em mostrar que até no Nordeste, onde os governos levam pelo beiço os servidores, e sindicatos, estudantes e movimentos “populares” fazem barulho intenso sob a batuta da velha imprensa, o Dia da Independência foi comemorado em casa mesmo. No Brasil inteiro os patriotas, leia-se, aqueles que amam sua pátria, preferiram o aconchego do lar e dos amigos a participar de uma festa patriótica aplaudindo um presidente antipatriótico. Aquele que saiu vencedor das urnas trai vergonhosamente e reiteradamente a nação, quando se ajoelha e se esgoela por uma governança global.


Também me dispenso de utilizar imagens para fazer comparações com os desfiles dos últimos quatro anos. Soaria ridículo. Se é pra ser engraçado, melhor mostrar uma paródia que recebi de um amigo, do poema de Vinícius de Moraes “A casa”, transformado em música por Toquinho.


O Desfile


“Foi uma marcha muito engraçada, não tinha povo não tinha nada/De leste a oeste ninguém foi não, lá no palanque tinha ladrão.


Ninguém cantava, nem aplaudia, porque faltava democracia/Ninguém gostava da esbanjadeira, que se dizia a cumpanheira.


Ficou sobrando a mortadela, já se tocaram da esparrela/Foi uma vergonha de norte a sul, mandaram o Lula tomar na rima.”


Deveria, mas não é engraçado. É triste, é sombrio, é brochante como a cara do Lula da Silva na tribuna ao lado do seu vice ainda mais patético, é melancólico como a cara dos jornalistas da grande mídia amestrada dando voltas para esconder o desprezo do brasileiro ao seu presidente. 


Nas redes sociais, o que mais se viu foi a pergunta: cadê os 60 milhões de votos que a menos de um ano deram a eleição ao Lula da Silva? Sinceramente, não faço a menor ideia. Sabe-se, como ficou demonstrado, que não estavam nas ruas. Ou porque não gostam de comemorar a Independência, ou porque não gostam dessa bobagem de pátria, ou porque sentem urticária quando vestem verde e amarelo ou, ainda, porque só conhecem bandeiras da cor vermelha. Parece que, como fantasmas, escolhem a hora e o lugar adequado para aparecerem, e o último de que temos conhecimento foi a noite do dia 2 de outubro de 2022, no TSE.


É claro que, sonso como é, apesar do mal-estar visível na tribuna, Lula da Silva não se deixa abalar. Desceu do palanque, pegou a Janja pela mão, deu uma passada no pé de jaboticaba e correu para o aeroporto em mais uma viagem nababesca, desta vez à Índia. É preciso mostrar o mundo à primeira dama e, assim, em 8 meses, já se vão quase vinte cenários paradisíacos e dezenas de milhões de reais para satisfazer o deslumbre infinito da amada.


Enquanto isso, as cidades gaúchas, por onde passou um ciclone devastador, inundando milhares de residências, danificando infraestrutura, destruindo pequenas cidades e fazendo vítimas (41 mortes até aqui), esperam a atenção devida. Não terão. A primeira dama avisou que a viagem estava marcada com antecedência. Convenhamos, ela não é Mãe Dinah para adivinhar ciclone.


Na volta, antes da próxima viagem que já está sendo agendada, Lula deverá insistir na formação de base parlamentar para aprovar estrepolias, como, por exemplo, a Lei da Censura, fatiada, mas de censura do mesmo jeito. Mais cargos e mais emendas PIX estão no bolso para um passeio no mercado.


Assim caminha o Brasil de meu Deus. Bom final de semana!



Valterlucio Bessa Campelo escreve às sextas-feiras no site ac24horas e, eventualmente, no seu BLOG, no site Liberais e Conservadores do Percival Puggina e outros sites.  Quem desejar adquirir seu último livro “Desaforos e Desaforismos (politicamente incorretos)” pode fazê-lo por este LINK