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Enquanto famílias seguem acampadas na Aleac, casas do governo do Acre estão abandonadas na capital

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O drama das centenas de famílias que aguardam por uma casa dos programas habitacionais do governo federal, gerenciados pelo governo do Acre, está longe de um desfecho favorável aos sem-teto. No ultimo final de semana, as famílias, que há mais de 40 dias estão acampadas no hall de entrada da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), estiveram em dois conjuntos habitacionais, o Andirá, na região da parte alta da cidade e o Cabriúva, localizado na região da Baixada da Sobral, e o que encontraram foi um cenário desolador.


Centenas de casas estão totalmente abandonadas, a maioria delas depredadas por vândalos e sendo usadas para esconder produtos de roubos e furtos e para outras práticas delituosas. A reportagem do ac24horas teve acesso a uma série de fotografias que comprovam o estado de abandono dos imóveis. Os sem-teto que estão acampados na Aleac estão revoltados, ainda mais depois que o pedido de instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o comercio ilegal das casas populares, de autoria do deputado Gehlen Diniz (PP), foi rejeitado em votação no plenário da Casa do Povo.

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Os parlamentares, todos da base do governo, viraram alvos de manifestações de repudio nas redes sociais, além de uma série de cartazes, com as suas fotos foram espalhados pela entrada do prédio do Poder Legislativo acreano.
Aline Gomes, uma das representantes das famílias acampadas na sede da Aleac e que esteve no final de semana nos conjuntos Andirá e Cabriúva, se diz indignada com a situação de abandono das casas, que deveriam ser entregues aos inscritos nos programas sociais do governo federal. Ela e os outros sem-teto estão dispostos até a assumir as casas nas condições em que se encontram.


“É muito triste e nos causa uma indignação muito grande ver centenas de casas abandonadas e sendo depredadas pelos vândalos. Essas casas deveriam ser entregues para as famílias que não tem moradia. Se o governo quiser, podemos nos mudar para essas casas, mesmo que muitas delas não tenha nem vaso sanitário, mas teremos ao menos um teto para nos abrigar”, desabafou Gomes.


bc12c696-37e6-4826-8d5f-da1c07945b4fAline, que está acampada na Assembleia juntamente com seu esposo, está desempregada e pela situação que está vivendo teve que se afastar dos filhos e deixa-los na casa de parentes para que as crianças não ficassem sem estudar. Emocionada, ela disse que está inscrita no programa de sorteio das casas desde 2009 e que em 2011 foi sorteada, mas até o momento não recebeu o imóvel. Aline Gomes chegou a pedir pela amor de Deus que o governador do Acre, Sebastião Viana se sensibilize com a situação dessas dezenas de famílias e que resolva em definitivo a situação dos sem-teto.


“Peço pelo amor de Deus e faço um apelo ao governo Tião Viana que por tudo de mais sagrado nessa vida ele resolva logo essa situação, estamos aqui há mais de 40 dias e ainda não nos foi apresentada uma solução. Estou inscrita desde 2009 e quando foi em 2011 recebi um comunicado de que havia sido sorteada na casa, mas até o momento estou esperando minha e nada, isso me revolta muito, pois enquanto estamos vivendo essa situação muitas dessas casas estavam sendo vendidas”, finalizou Aline Gomes.


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