Um adolescente de 14 anos, que estava detido no Centro Socioeducativo Santa Juliana, em Rio Branco, foi espancado e torturado por três colegas de internato e foi parar no Hospital das Clínicas em estado grave. A informação foi repassada ao ac24horas pelo pai do menor, o pedreiro José Timóteo Correia (31).
De acordo com pai, seu filho foi espancada na madrugada de quinta para sexta-feira, 4, mas ele só teria sido avisado pela direção do ISE no final do dia. José Timóteo revela que por causa da agressão, seu filho está em estado grave no HC, sendo obrigado a fazer hemodiálise, devido os rins terem parado de funcionar.
“Meu filho apanhou, desmaiava, acordava de novo e voltavam a judiar dele. Foi uma sessão de tortura o que fizeram com ele e para completar eu só fui avisado do ocorrido horas depois”, informa o pai, destacando que o ISE tomou conhecimento do caso somente pela manhã da sexta-feira.
José revela que seu filho estava internado há cerca de 20 dias e já estava em processo de liberdade, segundo relatou. “Meu filho agora está nessa situação e fica complicado pois se ele melhorar, ela vai voltar para a detenção e os outro adolescentes podem matar ele”, disse.
Segundo o pai, os três menores acusados de torturar seu filho já foram identificados, mas ele não soube precisar quais medidas foram tomadas sobre o caso.
O OUTRO LADO
O ac24horas entrou em contato o diretor-presidente do Instituto Socio Educativo do Acre, Rafael Almeida, que confirmou a agressão sofrida pelo menor e ressaltou que medidas administrativas e judiciais já foram tomadas contra os três menores responsáveis pela agressão.
Almeida informou que mesmo que o menor agredido retorne ao Centro Socioeducativo após receber alta do Hospital, ele não ficará na mesma ala dos que lhe agrediram e terá um acompanhamento social.
“Isso que aconteceu foi algo internamente entre os menores. Uma confusão causada por um desentendimento que é impossível nós prevermos. O que ressaltamos é que todas as medidas já foram tomadas e inclusive um advogado do nosso Instituto trabalhar para tentar liberar o mais rápido possível o menor agredido, já que a infração que ele teria cometido não seria de tanta gravidade e pode ser revertida em um penalidade mais branda”, explica.
