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Boca do Acre tem quase 10% de todo o seu território já desmatado

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Não é de hoje que Boca do Acre é apontada como um dos municípios brasileiros que mais desmatam a floresta amazônica. De acordo com levantamentos acerca do desmatamento, o município já devastou 9,76% do seu território e faz companhia a mais 11 unidades do estado do Amazonas que estão degradando o maior bioma do mundo.


Dos 62 municípios do Amazonas, 12 estão com mais de 10% da área florestal desmatada, de acordo com os dados mais recentes do Sistema de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes). Dos apontados, Boca do Acre ainda aparece como aquele que menos desmatou, ao contrário do município de Iranduba, na Região Metropolitana de Manaus, concentra o maior índice de desmatamento, com 21,76% da área florestal destruída.

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Em seguida está o Município de Careiro da Várzea, que já teve 20,23% de sua área florestal desmatada. Ocupando a terceira posição no ranking de desmatamento no AM, Itacoatiara desmatou 19,58% da sua floresta.


No Estado do Amazonas, a estimativa da taxa anual de desmatamento em 2014 foi de 464 quilômetros quadrados, ocupando o 4° lugar no ranking dos Estados da Amazônia Legal, com redução de 20% em relação ao período anterior, quando registrou 583 Km².


Atraso


Um estudo divulgado na última quarta-feira pela Iniciativa de Observação, Verificação e Aprendizagem do Cadastro Ambiental Rural (Inovacar) aponta quem, em três anos de Novo Código Florestal, o Amazonas ainda não apresentou o Programa de Regularização Ambiental Estadual (PRA), mas está prestes a concluir. De 21 Estados avaliados, apenas quatro (São Paulo, Paraná, Bahia e Rondônia) instituíram a lei.


Os PRAs estaduais são considerados mais importantes que o Cadastro Ambiental Rural (CAR), pois é nesta etapa que serão identificados os reais passivos ambientais, definindo o que foi desmatado ilegalmente e o que deverá ser recuperado, de acordo com a ONG WWF-Brasil.


O titular da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Antonio Stroski, informou que o Programa de Regularização Ambiental já existia antes da aprovação novo Código Florestal e incorporava parte dos elementos exigidos. Agora, a normativa está sendo adequada à lei federal e deve, em no máximo 30 dias, ser encaminhada à Assembleia Legislativa.


Adesão ao Cadastro Rural ainda é baixa


De acordo com Antonio Stroski, ainda é baixa a adesão de produtores rurais no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Há uma estimativa 70 mil imóveis rurais, dos quais, apenas 6 mil realizaram o cadastro, menos de 10% do total.


Para o secretário, as peculiaridades da região amazônica contribuem para baixa adesão ao CAR. “Nas áreas de desmatamento, o produtor, quando faz adesão, assume o compromisso de não fazer mais desmatamento ilegal. Ele sabe que, a partir dessa adesão, se ele não respeitar, vai ter as implicações da lei. Também precisamos de aporte financeiro para implementar. Nossa região possui algumas particularidades que necessitam de uma campanha mais agressiva e de apoio de todas as prefeituras municipais”.


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