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A feira do cinismo

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Com pesar a forte sequencia de acontecimentos porque passa o Acre. Quem dizia que esse estado, antigamente, só era notícia nacional quando ocorriam coisas ruins mordeu a língua. Como dizem aqui em baixo: Tá a mesma merda!


Nenhum partido político que chegou ao poder conseguiu fazer a vital separação entre governar e dominar. O primeiro subtende cidadãos, o segundo convida à construção de súditos. Preocupados mais com este, eles se afundaram em projetos pessoais de poder, envergaram a ética, a moral e mais o que fosse preciso para blindar suas siglas ideológicas.

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O resultado foi esse que estamos colhendo, apreciando com sabor amargo, prontos para vomitar toda a incompetência que marcou e marca nossa história recente.


Quando lá fora alguns desavisados ou meros inocentes jocosos diziam e dizem que o Acre não existe, talvez a lição do gracejo seja a de que aqui muitas coisas podem ter ocorrido longe do império das leis e das noções de um estado democrático.


O certo é que não existe governo perfeito! Mas também não precisava desenvolver tanto e tão bem essa frase.


O antes e o agora, construindo verbetes vulgares, se confundiram na pobreza teórica de justificação de poder. A antiga força política, ulterior ao período ditatorial, e a atual, deusinha arrogante do novo são acordes no cansado jargão: as coisas eram piores.


Só isso! Esse era o escudo, a justificativa pra tudo de errado que cometeram. Nessa jaula do tempo, olhando e se comparando tanto com o passado, escorregaram nas imprevisões do futuro. São hoje um bando de baratas tontas, brindando com o inseticida.


Observem como tratam da questão do momento: a decisão do Supremo Tribunal Federal acerca dos mais de onze mil servidores que ingressaram no serviço público sem a condicionante constitucional exigida.


O PT governa o Acre por quase dezesseis anos. Se não teve culpa pelo ingresso inconstitucional dessas pessoas, pecou pelo pouco ou nada que fez. Não poderia ter se acomodado na descabida Lei Estadual que tentava regularizar uma situação que ela não tinha competência (a da assembleia legislativa de Minas Gerais, também debatida no STF e preste a ser “fulminada”, efetivou 98 mil servidores).


Vários estados brasileiros já tinham naufragado nessa saída tosca, depois de enrolarem o máximo que podiam, tiveram de demitir quem não prestou concurso público. Não entrarei no mérito da justiça ou da injustiça do tema, mas isso era conhecido por todos.


Agora, o que vemos é um amontoado de oportunistas que, ou desconhecem o direito, ou estão apenas querendo aparecer para o público (que tal uma melancia no pescoço?).


Tem de tudo na feira do cinismo:


Fechar o aeroporto em protesto —– isso é piada, vai prejudicar mais os daqui;


Apelar para o presidente da Câmara e para os ministros do STF —- bravata boba, adoram o informalismo, por isso chegamos onde estamos;


Estudar uma saída para a situação —– esse aprendeu a ler agora, pois passou oito anos no poder e não fez esse estudo;

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Criar um grupo para debater o problema —–blá, blá, blá, blá e para alguns brá, brá brá brá.


POPEM-NOS!


 E vamos esperar que no ano que vem, os verdadeiros culpados de tudo isso possamos escolher melhores parlamentares. Aprendamos que uma dentadura, uma caixa d’água, ou um trocado no dia da eleição não pode ser maior do que nosso futuro nesse estado. Nossas vidas não podem ser vendidas.


Por Francisco Rodrigues Pedrosa f-r-p@bol.com.br


 


 


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