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Atriz questionou o próprio talento no início de Dona de Mim: ‘Tô fazendo errado?’

Giovanna Lancellotti como Kami em Dona de Mim; atriz encarou desafio em seu retorno às novelas - Reprodução/TV Globo
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Na reta final de Dona de Mim, a atriz Giovanna Lancellotti não esconde a emoção ao refletir sobre a intensa e surpreendente trajetória de Kami, sua personagem na novela das sete da Globo. Apesar de hoje colher os frutos do reconhecimento e do impacto social da história, ela revela que, no início, a reação negativa do público gerou uma profunda insegurança na atriz sobre o próprio desempenho.


Kami começou a novela com atitudes controversas que geraram rejeição imediata do público –como se envolver com Marlon (Humberto Morais), ex-noivo de sua melhor amiga, Leo (Clara Moneke)– algo que fez Giovanna questionar seu trabalho. “Foi muito bonito ver o público se apegando a ela aos poucos, mas não foi um caminho fácil”, disse.

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“Começou com uma resistência ali do público em relação a ela ser talarica e tal (risos). Eu falei: ‘Ai, meu Deus, será que vai ser a novela inteira isso? Será que eles não vão gostar dela? Eu gosto tanto dela… Será que sou eu que tô fazendo errado?’. Então você vai se questionando como atriz também”, revelou Giovanna, em conversa com o Notícias da TV nos bastidores de Dona de Mim.


Felizmente para a atriz, essa fase passou. Com a evolução da trama, que incluiu um doloroso arco de abuso sexual, a percepção do público mudou, transformando Kami em uma personagem querida e defensável. Que, por vezes, chegou até a “roubar” o protagonismo no folhetim de Rosane Svartman.


“Aí, veio essa trajetória dela, e o público se apegando aos poucos e começando a defender, até chegar no final e ela ser uma personagem tão querida… Isso me deixou muito feliz. Além de, claro, todas as pautas importantíssimas que ela abordou. Eu acho que passou um pouco da bolha do audiovisual, a gente fez mesmo um trabalho social”, afirmou, citando a visibilidade dada ao tema da violência contra a mulher.


A novela marcou o retorno de Giovanna Lancellotti às novelas depois de sete anos –a última tinha sido Segundo Sol (2018)– o que também gerou apreensão na artista. “Eu confesso que morria de medo desse retorno. Tipo: ‘Ai meu Deus, novela?’. Eu já estava acostumada a fazer projetos mais curtos. ‘Ah, é um ano… E se não for um clima bom, e se for pressão?'”, desabafou.


Entretanto, o medo foi completamente superado pelo ambiente de trabalho. A atriz descreveu a experiência como uma das mais positivas de sua carreira, elogiando o “timaço” formado por Rosane Svartman e o diretor Allan Fiterman. “O texto é muito bom, você quase não precisa mudar, sabe?”, disse ela.


“Eu amei trabalhar com todo mundo mesmo. Eu não tive um problema aqui. Claro, ao longo de um ano, às vezes coisas acontecem, de ficar meio irritado, né? Coisas normais de um trabalho… Mas, assim, no geral foi tudo tão leve, tão gostoso, a equipe muito parceira, muito respeitosa”, comentou.


Apesar da emoção pelo fim do ciclo, que começou ainda no início de 2025 –um ano também marcado por transformações significativas na vida pessoal de Giovanna, que se casou em junho–, a atriz finaliza seu trabalho em Dona de Mim com a sensação de dever cumprido.


“Fazer uma novela traz essas surpresas de uma obra aberta, de as coisas irem acontecendo sem você estar preparada. Como na vida, a gente também não está preparado antes de acontecer um grande trauma ou uma grande alegria. Muitas vezes, você é pego de surpresa. Então, me pegou de surpresa, e viver isso junto com a Kami foi muito legal”, sentenciou.


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