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Novo ministro encontra Lula, mas reunião sobre INSS fica para depois

Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não tem data certa para uma reunião mais extensa com o recém-anunciado ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz. A informação foi apurada pelo Metrópoles com interlocutores do Planalto. Eles se encontraram brevemente nesta sexta-feira (2/5) para assinar a nomeação do substituto de Carlos Lupi, que pediu demissão na esteira do escândalo da Farra do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).


O escândalo do INSS foi revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023. Três meses depois, o portal mostrou que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade de aposentados havia disparado, chegando a R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações respondiam a milhares de processos por fraude nas filiações de segurados.


As reportagens do Metrópoles levaram à abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) e abasteceram as apurações da Controladoria-Geral da União (CGU). Ao todo, 38 matérias do portal foram listadas pela PF na representação que deu origem à Operação Sem Desconto, deflagrada no dia 23/4 e que culminou nas demissões do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.

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O encontro entre Lula e Wolney foi “brevíssimo”, segundo apurou o Metrópoles com fontes do Planalto. A ministra da Articulação Política, Gleisi Hoffmann, também participou. Um novo encontro deve ocorrer em breve para de fato discutir a situação da pasta. O presidente tem uma viagem à China prevista para ocorrer entre 12/5 e 13/5. Até lá, há uma operação delicada a ser feita pelo Planalto com o PDT. Uma ala da sigla defendeu o desembarque do governo caso Lupi deixasse a Esplanada, enquanto outro grupo defendia que a nomeação de Wolney seria suficiente para atender ao partido.


O PDT está insatisfeito e se sente desprestigiado após Lula nomear Gilberto Waller para presidir o INSS sem consultar o partido. O novo presidente do instituto, porém, já toca os trabalhos em Brasília. Em paralelo à reunião que levou à demissão de Lupi, ele esteve com o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, para desenhar um plano de devolução dos valores desviados indevidamente dos aposentados e pensionistas.


Esse deve ser o maior desafio de Wolney e Gilberto, num momento em que o governo Lula tem pressa para resolver o problema. O temor do Planalto é que, a cada mês sem devolver o dinheiro desviado por instituições parceiras ao INSS, cresça a desaprovação do Planalto nas pesquisas de opinião pública num ano pré-eleitoral.


A gestão temporal da crise foi o principal problema que levou à queda de Lupi. De acordo com as atas das reuniões do INSS, o então ministro foi alertado sobre o problema em junho de 2023. Ele assumiu que demorou para agir. Dessa forma, cresceu a ofensiva da oposição, que apontou suposta omissão do governo. Durante esta semana, também cresceu a feitura contra o pedetista dentro da própria Esplanada.


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