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Sem clima, A Praça É Nossa cancela gravação e reprisa edição com Silvio Santos

(Crédito: Beatriz Mizuno)
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A morte de Silvio Santos (1930-2024) deixou o clima pesado na TV conhecida como a “mais feliz do Brasil”. Por isso, o elenco de A Praça É Nossa optou por não gravar o humorístico nesta quarta (21), em decisão encabeçada por Carlos Alberto de Nóbrega e prontamente aceita pelo SBT. Nesta semana, o programa vai reprisar uma edição dos anos 1980 com a presença do próprio fundador da emissora.


A informação foi divulgada pelo colunista Flávio Ricco, do portal R7, e confirmada pelo Notícias da TV com a assessoria de imprensa do SBT.


Não há clima para humor na emissora por enquanto –todos tentam recuperar o fôlego após a morte do eterno patrão, que parou o Brasil e até fez com que as redes concorrentes dedicassem suas programações inteiramente ao comunicador.

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A Praça É Nossa, no entanto, fará uma homenagem a Silvio Santos da maneira que é possível. O humorístico vai resgatar a primeira e única vez em que o apresentador deu as caras e sentou no famoso banco, no mesmo dia em que o programa estreou no SBT com Carlos Alberto de Nóbrega.


Em 7 de maio de 1987, Silvio participou de um programa que não fosse o seu próprio ou o Teleton. Foi a única vez em que o patrão fez isso –e essa edição vai ao ar na quinta (22).


O humorístico também tem um programa inédito gravado e editado. De acordo com o SBT, essa edição irá ao ar em 29 de agosto.


Amizade de décadas


Carlos Alberto de Nóbrega apareceu na Globo bastante abalado para falar sobre o eterno amigo Silvio Santos. “Nos conhecemos no começo da carreira e tivemos uma afinidade muito grande. Eu tinha 18 anos de idade, e ele, 24. O Silvio era muito tímido, era locutor comercial do meu pai”, contou em entrevista ao Fantástico.


Foi o comunicador quem arcou com os custos do tratamento de Manoel de Nóbrega (1913-1976) contra um câncer. “Silvio me chamou e me disse que meu pai não chegaria até o fim do ano. Mas me falou: ‘o que o dinheiro puder comprar, seu pai vai ter’. E o Silvio pagou todo o tratamento do meu pai, de uma gaze até três cirurgias. E ele nunca me pediu um recibo”, acrescentou.


Por fim, ele agradeceu por tudo o que Silvio representou em sua vida. “Ele tinha vergonha de ser bondoso. Isso eu te garanto pelos 70 anos de amizade que tivemos: ele era uma pessoa boa”, admitiu.


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