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Aos 68 anos, Fafá de Belém fala sobre acidente, cadeira de rodas e perda do irmão: “Estou no Inferno de Dante”

A cantora Fafá de Belém (Crédito: Reprodução/Instagram)
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Aos 68 anos, completados na última sexta-feira (9), Fafá de Belém está passando pelo que chama de Inferno de Dante. Depois de lesionar o joelho, o que a deixou de cadeira de rodas, ela perdeu o irmão mais velho, Kim Palha.


“Acho que não estou no inferno astral, estou no Inferno de Dante, onde o astral se encontrou”, disse a cantora em conversa com o Gshow, dando a sua famosa gargalhada. “Minha mobilidade é muito limitada, para tudo eu estou dependendo de alguém, e isso irrita muito. Meu mau humor ontem atingiu um nível alerta vermelho”, confessou Fafá de Belém.

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Para celebrar a nova idade, a artista também lançou uma regravação especial de Amores, composta por Milton Nascimento e Fernando Brant. “Depois do quebrar o joelho, perdi meu irmão mais velho, que era o meu grande parceiro de vida, um fotógrafo fabuloso, um jornalista interessante, meu grande parceiro. Então foi muito complicado. Não pude ir a Belém porque naquela ocasião ainda não podia entrar em avião. Mas, mais uma vez os amigos cuidaram de tudo, de tudo que você pode imaginar. Amigo na vida é o sal, né? É o sal da vida”, refletiu Fafá.


“Vou ter que reaprender a andar, e acho que a coisa mais complexa é essa, por causa do medo, né? Já quebrei várias vezes o pé, quebrei cinco vezes. Mas o joelho é pânico”, explicou a mãe de Mariana Belém.


“Sempre trabalhei por conta própria e descobri, entrando na pandemia e saindo dela, que a urgência era muito mais do outro. Como eu entrego, acabei me sobrecarregando desde sempre, desde que eu saí de casa, aos 18 anos. Nunca parei para fazer coisas minhas, para ter tempo de férias, para me dedicar”, pontuou.


“Agora, por exemplo, mesmo com a perna quebrada, passei uma semana em Londres com a minha neta, e não aceitei nenhum outro compromisso. Isso, para mim, é muito raro. Estou tendo que reaprender a minha forma de estar na vida. Então é difícil, é divertido, é irritante, mas com certeza sairei melhor dessa”, declarou Fafá de Belém.


Fafá de Belém fala sobre projetos


Cheia de projetos, Fafá de Belém revelou os planos para o futuro. “Sempre que tive alguma coisa, sempre peguei a metade. Sou aquela que toma metade da dose do antibiótico e se dá por curada porque começa a tomar andiroba e não sei o quê. Mas vou fazer 68 anos, e aí a gente tem que parar e pensar o que se quer na vida. Quero chegar bem aos 100, dando muita ordem e falando muito seriamente”, brincou.


“Minha alma estava assim: ‘Vai dar certo, claro que vai dar certo’. Mas era uma interrogação. E quando o show terminou, a gente cantando Toda Forma de Amor, eu pulando na cadeira de rodas, chorei muito, muito… Porque ali foi no meio do problema, então havia dor, muita dor”, relembrou, citando a decisão de manter alguns shows mesmo acidentada.


Em paralelo a isso, a cantora tem intensificado os estudos sobre a Amazônia, uma preparação para a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que em 2025 será realizada em Belém (PA).


“Acho que a idade nos traz uma calma e um olhar mais sereno sobre as urgências que não são urgentes. Hoje, a minha urgência é saber falar mais da Amazônia. Hoje, a minha urgência é cada vez mais trazer pessoas que não teriam um espaço, mas que a gente pode abrir esse espaço. São músicos, cantores, compositores. Adoro gente, adoro trepar numa cadeira e olhar para ver o que tem o outro lado do muro”, comentou a intérprete.


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