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Astro do filme mais visto dos EUA, Wagner Moura leva brasilidade para o mundo

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Um dos principais atores do Brasil no exterior, Wagner Moura é o astro de Guerra Civil, filme mais visto nos Estados Unidos há duas semanas. O baiano, que também está no ar na Globo com a reprise de Paraíso Tropical (2007), afirmou que faz questão de levar um pouco de sua brasilidade para todo papel que consegue em Hollywood.


Em entrevista ao Fantástico para promover o novo longa, já em cartaz nos cinemas brasileiros, Moura contou que considera todos os seus personagens brasileiros, exceto quando o roteiro explicita outra nacionalidade –como ocorreu na série Narcos (2015-2017), na qual viveu o traficante colombiano Pablo Escobar (1949-1993).


“Quando não é brasileiro, eu digo, ou na minha cabeça ou para as outras pessoas: ‘Olha, ele vai ser brasileiro'”, resumiu o ator na conversa com a correspondente Sandra Coutinho.

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Ele listou duas razões para dar um tempero brasileiro para todos os seus papéis. “Uma é porque eu acho que os personagens são sempre um reflexo muito grande de quem nós somos; outra é por uma questão política, todo personagem que eu vivo aqui, eu faço questão de falar com o meu sotaque, do jeito que eu falo”, apontou.


Para Moura, cada uma de suas atuações em Hollywood significa muito mais do que apenas um avanço em sua carreira. “Eu represento uma parcela grande, não só de brasileiros, mas de imigrantes aqui, que falam com acentos diferentes, com sotaques diferentes.”


Guerra Civil se passa em um futuro não muito distante, no qual o presidente dos Estados Unidos (papel de Nick Offerman, o Ron Swanson de Parks and Recreation) se recusa a deixar o governo após concluir seu segundo mandato e acaba instaurando uma ditadura –dividindo o país entre esquerda e direita.


Apesar da sinopse distópica, Moura apontou que o mundo real não está tão longe da ficção mostrada na telona. “É um filme que fala sobre a possibilidade trágica de uma situação polarizada que a gente conhece, tanto aqui nos Estados Unidos, quanto no Brasil, quanto no mundo todo. É um filme sobre o perigo para a democracia da polarização política”, resumiu.


Além de emprestar sua brasilidade para Joel, seu personagem, Wagner Moura também revisitou o próprio passado na hora da composição. É que os quatro protagonistas do filme são jornalistas que viajam pelos Estados Unidos em uma van adaptada para tentar entrevistar o presidente.


“Eu sou formado em Jornalismo e fico muito feliz que esse seja um filme sobre jornalistas. É um filme visto pelo ponto de vista de jornalistas. O jornalismo, sendo um pilar da democracia, precisa ser valorizado”, finalizou.


Lançado no dia 12 nos EUA, Guerra Civil se tornou o longa mais assistido do último fim de semana e repetiu o feito neste domingo. Já arrecadou US$ 44,8 milhões (R$ 243,3 milhões) no país, e quase US$ 50 milhões (R$ 261 milhões) no mundo todo. No Brasil, estreou na quinta (18) no topo, desbancando Godzilla e Kong: O Novo Império, que liderava desde o fim de março.


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