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Puxadinhos e a moral da esquerda brasileira em dois atos

Os últimos dias foram pródigos em demonstrar a estatura moral da esquerda brasileira. Pode-se mesmo dizer, depois de tais demonstrações, que o governo e seus puxadinhos partidários e jornalísticos estão nus na praça em um espetáculo repulsivo.


Primeiro ato – perante a guerra em Israel.


Iniciado o conflito pelo grupo terrorista Hamas, que institui em sua fundação o objetivo de eliminar o Estado de Israel, com o assassinato horrendo de mais de um milhar de civis inocentes, incluindo jovens, adolescentes, mulheres, idosos e crianças da forma bárbara que podemos ver por horas em vídeos na Internet, a esquerda imediatamente escolheu o lado dos assassinos. É como se em um estupro, a esquerda saísse em defesa do estuprador, com o argumento de que por décadas a estuprada não lhe deu a devida atenção.


Com a reação imediata e necessária de Israel, o partido hegemônico no campo esquerdista – o PT, emitiu nota (AQUI) no em que explicitamente dá a mão ao estuprador, digo, ao Hamas. Não reconhecem o Hamas como grupo terrorista e fazem uma equivalência moral indecente entre o agressor e o agredido, vale dizer, entre o estuprador e a estuprada, chegando a acusar os israelenses de genocidas. Logo os judeus que desde o holocausto ainda não recuperaram o número que havia em 1940, enquanto os palestinos são hoje seis vezes mais que antes. O embaixador de Israel no Brasil reagiu indignado (AQUI).


A nota imunda do PT recebeu pronta reação do governo de Israel que lamentou a posição destrambelhada do partido do presidente Lula da Silva que, aliás, sumiu na cacaia e não deu as caras até o momento a não ser através de seus representantes, entre eles, o zero diplomático Celso Amorim em ambiguidades amarelas nas TVs amigas.


Nas universidades e mídias sociais, a esquerda é ainda mais ferozmente imoral. Ao ponto de realizarem manifestações de rua e declaradamente lançarem-se contra Israel e a favor do Hamas. Professores e alunos se juntam numa dança macabra de ódio e racismo, instrumentalizando a guerra e a morte de milhares de pessoas para sua causa. Nessas manifestações, o ridículo vem dos grupos identitários. Não contaram àqueles imbecis como eles são tratados pelo Hamas e que, em toda a região, o único lugar onde são respeitados é justamente em Israel.


A grande imprensa brasileira, militante esquerdista, faz o que pode para esconder a verdade. Dá-se o direito de informar através de fontes do Hamas! Como se quem estupra, e degola mulheres e crianças tivesse algum crédito jornalístico e pudesse ser efetivamente um lado da história. Dá notícias pela metade, evita chamar as coisas pelo nome, adota o sofisma como regra, corta entrevistas quando o entrevistado sai do prumo previsto, chama a dar opinião especialistas de conveniência e, por último, nesta terça-feira, correu para manchetear que Israel bombardeou um hospital matando 500 pessoas. Era mentira obvia e a fonte era o Hamas. A bomba veio do lado islâmico, como ficou provado, caiu no estacionamento e matou 40 adultos. Aliás, bastaria se perguntar que interesse teria Israel em bombardear um hospital. Ficar mal com a opinião pública internacional? Mas, a grande imprensa queria algo contra Israel e foi com tudo sem medir consequências, expondo-se hoje ao ridículo. 


Outro truque indecente é usar sempre um “mas” para tentar equalizar os envolvidos. O analista diz na cara dura que o Hamas fez isso e aquilo, “mas” Israel blá-blá-blá. O raciocínio genial dá vitória certa ao terrorismo à medida em que o agredido fica proibido de responder, pois aquele usa populações civis como escudo. É como dizer que o cara estuprou, “mas” a garota lhe mordeu o braço, então deixa quieto. Neste conflito, a conjunção adversativa é terrorista.


Com esta bizarrice, nesta quarta-feira (18/10) o Brasil foi humilhado na ONU pelos ESTADOS UNIDOS que vetaram sua proposta indecente, capaz de negar aos israelenses o direito de se defender. O Brasil parece querer sustentar o terror que nunca perde, dado que o injuriado não pode reagir à altura. O Brasil não é apenas um anão diplomático como dizem por aí, mas também um alvo da desconfiança de Israel e dos EUA e se junta à escória. Deu adeus ao assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.


Em resumo: A esquerda brasileira se alia ao que há de mais vil sobre a face da terra – o terrorismo, e o faz porque não está fora de seus planos, se conveniente e oportuno, agir de modo semelhante, como, aliás, o regime que defendem já fez inúmeras vezes ao longo da história. Sobre o terror e seus laços no Brasil, veja AQUI.


Segundo ato – a CPMI de 08/01 (dos atos antidemocráticos)


A senadora Eliziane Gama, pau-mandado do ministro Dino, apresentou seu “relatório” da CPMI, escrito obviamente sob encomenda do governo que, primeiramente não quis, mas depois concordou desde que a Comissão fosse por ele dominada, assim poderia fazer o que fez. Chamou quem lhe foi conveniente, evitou os depoimentos mais esclarecedores, apagou imagens, insultou e humilhou depoentes e, no final, encontrou, sem que nenhum indício, o responsável já determinado no primeiro dia, ou seja, o “Golpe de Nárnia” tem um autor intelectual e um autor moral e este autor tem um nome obvio – Bolsonaro.


O documento imoral da esquerda na CPMI é tão flagrantemente parcial e imprestável, que cita Bolsonaro 835 vezes, a palavra “bolsonarista” 108 vezes e a palavra “bolsonarismo” 32 vezes. A palavra “omissão” e os ministros Dino e o general G. Dias, NENHUMA vez. Sabe aquela imagem do general careca ajudando os vândalos? Não existiu. Sabe aquele batalhão parado, de braços cruzados, no outro lado da praça assistindo tudo? Era holográfico. Sabe aqueles documentos rasurados pelo G. Dias? Era correção ortográfica. Sabe os trocentos avisos que o Governo recebeu dias antes sobre uma provável invasão dos prédios? Foi alucinação da ABIN. Querem que acreditemos nisso.


A CPMI de 8 de janeiro, assaltada pelo governo que deveria ser o mais interessado em apurar o ocorrido, apurou mesmo foi a imoralidade parlamentar da esquerda que tratorou os fatos, para insistir numa narrativa narniana de golpe sem armas, sem gente, sem líderes, sem partidos, sem palavras de ordem, sem ser. Para completar o desatino, acusou o governo anterior e indiciou militares a granel sob encomenda.


Não há golpe e não há golpistas, há vandalismo e omissão proposital. Há também centenas de inocentes presos a granel, soltos em baciadas e penalizados aos poucos conforme o humor do julgador. Na maioria, são idosos, doentes, donas de casa, mães e pais de família, pequenos comerciantes… Meteram um rastreador na canela até de um autista! Nesta quinta-feira, (19/10), foram condenados uma faxineira e um agricultor.


Paralelamente, membros da Comissão, antevendo o disparate da relatora, apresentaram um relatório atinente aos fatos, onde fica demonstrado quem se omitiu, quem são os verdadeiros culpados e quem dos atos se beneficiou. O relatório paralelo que será encaminhado ao MPF pede o indiciamento da relatora por uma série de abusos, incluindo prevaricação, além do ministro da justiça e do próprio Presidente que, covenientemente, fugiu de supetão, um dia antes, para dar uma voltinha em São Paulo. Duvido que prospere qualquer iniciativa no sentido de esclarecer verdadeiramente o 8 de janeiro. Os donos do poder já têm pronta a narrativa, os culpados, os condenados e não abrirão mão de manter a absurdidade jurídica. De todo modo, a população viu, está vendo e vai cobrar.


Em suma: A esquerda degenera a democracia, se apossa da república e a subjuga, transformando o Brasil, por enquanto, em “um país cego, um país miasmado, de ideias falsas”, como diria Ruy Barbosa. 


Não, os dois atos não são isolados. Fazem parte do infinito portfólio de indignidades e violência de que a esquerda é capaz para alcançar seus objetivos medonhos. Sem pejo em esconder a verdade, alia-se e praticamente indulta os terroristas do Hamas, culpa Israel, protege os omissos e criminosos, acusa e condena donas de casa. Tudo isso sem remorso, sem sentimento de culpa, com doses severas de psicopatia. É a sua moral.


Valterlucio Bessa Campelo escreve às sextas-feiras no site ac24horas e, eventualmente, no seu BLOG, no site Liberais e Conservadores do Percival Puggina e outros sites.  Quem desejar adquirir seu livro “Desaforos e Desaforismos (politicamente incorretos)” pode fazê-lo por este LINK