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Família pede que Itamaraty apure morte de estudante brasileira em Cochabamba

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O corpo da estudante de medicina Mariana Sousa Bustamante, de 21 anos, encontrada morta no último dia 7 de novembro em Cochabamba, na Bolívia, onde ela estudava, foi sepultado em Hortolândia (SP), na tarde da última sexta-feira (11).


A jovem brasileira, que fazia faculdade na cidade boliviana, foi encontrada morta no pátio do prédio onde vivia com outros dois alunos brasileiros da mesma universidade, Unifranz, segundo informou a família ao portal g1 São Paulo.

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A estudante teria caído do sexto andar do prédio em circunstâncias não esclarecidas e a família pede investigação sobre o caso.


“Diz que foi do sexto andar, eu não sei se ela caiu ou se eles fizeram alguma coisa com ela lá embaixo. Como é que a gente sabe? A gente mora aqui e eles moram lá no fim do mundo. (…) A mão está machucada, o rosto está machucado, por onde deu para eu ver, ela tá toda machucada”, afirmou Francisca de Oliveira, de 76 anos, avó da estudante.


Os pais da estudante, que estava no sexto período do curso de medicina, não quiseram dar entrevista durante o velório. O enterro ocorreu por volta de 16h desta sexta, sob forte comoção de amigos e familiares.


Familiares da vítima relataram que, na noite de domingo (7), Mariana foi deixada sozinha pelos dois colegas – uma mulher e um homem da mesma faixa etária – que teriam saído para uma festa.


Ao retornarem ao apartamento no 6º andar, por volta de 2h50 da manhã de segunda, no horário da Bolívia, encontraram a sacada do apartamento aberta e o corpo de Mariana no pátio do prédio.


Segundo a mãe da vítima, Juliane Sousa, a colega imediatamente ligou para a família da estudante no Brasil e foi orientada a pedir socorro.


Apesar da presença dos paramédicos e da polícia, Mariana não resistiu. A mãe afirma que a jovem havia conversado com a família no mesmo domingo (6) e estava bem e feliz.


“No domingo, a Mariana estava muito bem. Ligou para a avó e a família por chamada de vídeo e estava muito feliz porque tinha se inscrito para trabalhar na Cruz Vermelha [boliviana]. Conversou com todo mundo e estava em paz e muito bem. Nesse dia, os três estudantes estavam em casa, almoçaram juntos”, disse a mãe.


Segundo familiares, os dois estudantes que moravam com Mariana chegaram a ser levados para a delegacia, onde prestaram depoimento e foram liberados após a polícia ter acesso a câmeras do prédio e conferir o álibi da festa.


Mãe relata agonia

A mãe de Mariana disse que se sente agoniada, porque, uma vez na Bolívia para tratar da transferência do corpo da filha para o Brasil, prestou depoimento no Departamento de Polícia de Cochabamba, mas não teve acesso ao Boletim de Ocorrência para entender o que de fato aconteceu naquela madrugada.


“Prestei depoimento sobre minha relação com a Mariana, mas na delegacia não fui informada de nada. Apenas que se tratava de uma investigação de suspeita de homicídio”, disse ao g1 SP.


A família de Mariana contratou, na quarta-feira (9), um advogado criminalista boliviano para poder ter acesso ao inquérito policial e entender o que está sendo investigado pelas autoridades de Cochabamba.


“Preciso muito que as autoridades, o Itamaraty, todo mundo nos ajude a esclarecer o que aconteceu com a minha filha. Ela era uma pessoa pacífica, do bem. Feliz. É preciso esclarecer se houve alguma briga, alguém que entrou no apartamento e fez isso com ela. Ou se algum uso de droga, alguma substância a motivou a pular da janela”, disse a mãe.

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O g1 tentou contato com a polícia e o governo bolivianos, mas não obteve retorno até esta publicação.


O que diz o governo brasileiro

O Ministério das Relações Exteriores informou em nota que “está em contato com familiares da nacional falecida e instruiu o Consulado-Geral do Brasil em Cochabamba a prestar a assistência cabível à família, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local”.


A pasta completou que não pode passar detalhes da situação dos estudantes que moravam com Mariana e que seriam alvo de investigação pelas autoridades bolivianas.


“Em observância ao direito à privacidade e ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, informações detalhadas poderão ser repassadas somente mediante autorização dos familiares diretos. Assim, o MRE não poderá fornecer dados específicos sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros”, disse a nota do Itamaraty.


Com informações do g1 São Paulo.


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