Com mais 11 casos de covid-19 confirmados nesta segunda-feira, 29, atingindo 236 no total, com 4 mortes causadas por complicações da doença, Xapuri deverá editar nas próximas horas um novo decreto tratando das próximas medidas relacionadas à pandemia do novo coronavírus.
Com o objetivo de ouvir sugestões da população, a prefeitura realizou uma audiência pública virtual, ainda na tarde da segunda-feira. Na reunião, foram discutidos os efeitos das medidas tomadas até agora e as possíveis novas ações para depois do período de isolamento em vigor, que expira nesta terça-feira, 30.
Na prática, as novas medidas não mudarão muita coisa. Basta uma rápida passagem pelo pequeno comércio local para se notar que quase todos os estabelecimentos estão funcionando, seja normalmente, seja à “meia porta”, com exceção dos restaurantes e lanchonetes, essas últimas atendendo por serviço de “delivery”.
Outra constatação fácil em Xapuri é a de que o isolamento foi quase que completamente esquecido. A movimentação pelas ruas da cidade acontece de maneira normal e a uso de máscaras faciais, obrigatório por decreto em espaços públicos, não tem sido seguido à risca e muito menos tem havido fiscalização.
Na pista de pouso da cidade, usada nos fins de tarde pela população para a prática de caminhadas, são poucas as pessoas que praticam a atividade física fazendo o uso das máscaras. O município prevê multa de R$ 100 para o descumprimento, que podem majoradas 50% nos casos de reincidência.
A respeito da curva de contaminação no município, o enfermeiro-coordenador da Unidade de Referência à Covid-19 em Xapuri, Francisco Andrade, acredita que o pior já passou, apesar do registro dos 11 novos casos desta segunda-feira. Segundo ele, o número alto foi consequência do chamado represamento de exames nos laboratórios Mérieux e Lacen.
“Há muitos exames retidos, à espera de resultados, que hoje totalizam 44. Nos casos positivos de ontem, há exames que foram coletados na segunda-feira da semana passada. Tivemos um pico de 25 casos no último dia 10 de junho e depois disso houve uma queda, principalmente na demanda por testes rápidos. Até o movimento na unidade está bem menor”, explicou.