Um dia após o Ministério Público Federal (MPF) no Acre tornar público que irá representar a Assembleia de Deus em Rio Branco e seu líder, pastor Luiz Gonzaga, civil e criminalmente por suposto desrespeito ao decreto governamental que impende aglomerações em templos religiosos por conta da pandemia da Covid-19, a Diretoria Geral e o Conselho Jurídico da Igreja emitiram uma nota nesta terça-feira, 30, dando sua versão sobre o caso.
A entidade religiosa afirma que a informação repassada pelo MPF causou impacto e repercussão negativa à igreja, uma vez que, segundo a Assembleia de Deus em Rio Branco, tem sido respeitosa e soma às ações das instituições públicas sempre, inclusive ao MPF. “Causou-nos grande surpresa e estranheza o procedimento adotado pelo MPF, o qual, sem sequer nos noticiar ou envia alguma recomendação, publicou matéria com informes que claramente antecipam juízo de valor e trazem um dano a imagem desta instituição, bem como de nosso digno presidente, sem, contudo, prover o sacro direito de ampla defesa e contraditório”, diz a igreja.
A Assembleia de Deus afirma que até o momento não recebeu qualquer citação de nenhuma das instituições fiscalizadoras. “Porém, quando, e se houver alguma notificação nesse sentido, serão prestados os esclarecimentos necessários, legais e cabíveis”, salienta. Para os membros do alto escalão da igreja, o procedimento adotado pelo MPF “soaram completamente desnecessários, desrespeitosos, pelo que reclamamos o respeito ao devido processo legal, bem como as garantias constitucionais”.
Por fim, a igreja destaca que mesmo em meio à pandemia e todas as restrições impostas pelo governo do Acre, as ações de assistência religiosa e de fins humanitários já beneficiaram mais de 2 mil famílias com cestas básicas, “além do socorro a centenas de famílias em alto grau de vulnerabilidade emocional e espiritual, dado as sequelas da pandemia, as medidas tomadas por parte do poder público e suas consequências”, esclarece.
A Assembleia de Deus em Rio Branco possui mais de 16 mil membros e congregados, tendo o pastor Luiz Gonzaga na liderança há mais de 25 anos. A igreja está sendo acusados de promover aglomeração durante reuniões no templo da igreja, contrariando o decreto governamental que busca evitar a propagação do coronavírus.