A liderança máxima dos índios Ashaninka, do rio Amônia em Marechal Thaumaturgo, Benki Piyãko foi absolvido em processo criminal do qual era denunciado por falso testemunho. Benki virou réu após ir à Polícia Federal prestar queixa por supostas ameaça de morte que teria sofrido em 2014, quando outros três “parentes” de sua etnia foram mortos em uma emboscada.
Ele é um dos principais porta-vozes dos Ashaninka no Acre, ganhando fama internacional por sua militância em defesa da preservação da floresta e lutar contra a invasão das terras de seu povo por madeireiros, caçadores e traficantes de drogas.
Benki saiu de vítima a réu após o delegado responsável pelo caso ouvir os supostos ameaçadores, que negaram as acusações. O delegado entendeu que o indígena fez falso testemunho e o indiciou. O inquérito foi enviado ao Ministério Público Estadual, que aceitou os argumentos e denunciou a liderança à Justiça.
O caso foi julgado pela juíza Adamárcia do Nascimento, da 1º Vara Criminal de Cruzeiro do Sul. Ela considerou improcedente a denúncia de falso testemunho apresentado pela PF contra Benki Piyãko. Se condenado, o indígena poderia pegar até oito anos de prisão.