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Profissionais do Acre fazem coaching para alcançar objetivos

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iStock_000000775720MediumQuem não sonha em ter um bom emprego ou conseguir uma carreira profissional de sucesso? A verdade é que para se chegar a uma função de prestígio social é necessário ter, além da força de vontade, qualidades como a liderança ou a habilidade de conseguir, num toque especial, criar estratégias para a efetiva conquista dos objetivos profissionais e, em alguns casos, pessoais.


E é em busca desse tão desejado sucesso que dezenas de profissionais liberais, servidores públicos e até grandes empresários do Acre buscam, num processo de coaching, o verdadeiro caminho para o sucesso. Acreditam eles que através dessa proposta, será possível, além de entender-se mais, manter-se num estágio de alto conhecimento e constante aprendizado naquilo que fazem na rotina diária.


Um papo desafiador, uma conversa de idealização, um momento de reflexão. O que esperar de si próprio? A resposta está na ponta da língua: nada além do que você pode fazer, mas que ainda não sabe. Contudo, antes de tudo, é bom deixar claro quem é quem nesse processo. O “coaching” é um processo de desenvolvimento pessoal. “Coach” é o profissional que faz o trabalho de orientação. E o “coachee” é a pessoa que pretende melhorar alguma coisa, crescer na carreira, por exemplo.

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A produtora de TV, Robertha Andréa Moura, de 38 anos, é uma das pessoas que buscaram o procedimento. Antes insegura, a jornalista, formada há sete anos, até o dia em que conheceu o “coaching” não conseguia acreditar em si própria em diversos momentos. Na hora de encarar novos desafios, a insegurança falava mais alto, e o medo de errar dominava o segundo da decisão. Ela conta como foi a experiência.


“De cara, quando eu ouvi dizer, através de uma indicação, fiquei curiosa e procurei saber mais informações. Eu procurei algumas coisas na internet. O primeiro passo foi fazer o treinamento coaching, que durou três dias”, conta ao explicar que a primeira experiência a deixou “extremamente apaixonada”e que, logo na primeira fase, pode “perceber algumas necessidades internas que precisavam ser resolvidas”, comenta.


Para Robertha, o treinamento é uma ideia do que seria realmente o coaching. “Quando finalizou o treinamento, me disseram que aconteceria o PSC, e eu de cara me interessei novamente e acabei fazendo”, lembra a produtora de TV.


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Um trabalho que durou uma semana, mas que, para a jornalista, pode mudar uma vida e aflorar, no “funda da alma”, coisas que jamais haviam sido percebidas por ela própria. “Quando eu fiz o PSC, que foi uma transformação de vida para mi. Transformação pessoal. Eu sempre fui uma pessoa insegura. Eu sempre tive medo de tudo. Eu não conseguia ser líder”, revela ao contar que percebeu nos treinamentos “os pontos que enfraqueciam. E quando você percebe isso, você começa a querer lutar contra aquilo”, explica.


Robertha fez questão de dizer que “pode, sim, estar num cargo que tenha muita responsabilidade” e acredita que “agora pode, e que sempre pode”. Ela argumentou ainda que a fez acreditar no processo foi “acreditar na capacidade e identificar as fraquezas, ponto a ponto”, porque o coaching é “muito forte” e “impactante”.


Histórico semelhante é a contado pela professora universitária Marcela Mastrangelo Jorge, de 24 anos. Casada e mãe de três filhos, resolveu abandonar o trabalho externo para somente cuidar da família. Leitora assídua, a mulher, formada em Ciências Sociais, acredita que o primordial é acompanhar a primeira infância dos filhos.


Para ela, “coaching é uma das muitas outras buscas que faz”. Seria, então, “o que mais se relaciona ao conhecimento”, acredita ao dizer que o processo seria, além de apoio à vida profissional, uma nova ferramenta para uma melhor desenvoltura do ser profissional.


Logo após aprender mais profundamente sobre coaching, Marcela diz ter conseguido otimizar tempo e organizar ainda mais o dia a dia, fazendo da rotina não uma sequencia “enfadonha” ou “enjoativa”, mas produtiva e cheia de oportunidades.


Marcela era servidora pública e virou coach há alguns meses. Ele garante que o segredo é saber onde o profissional quer chegar, e fazer por onde chegar, de forma que a verdadeira capacidade seja apresentada e percebida com intensidade.


“Quando você percebe, enquanto ser humano, que você pode, que você precisa e que você tem, que você sente, aí você está sempre se utilizando dessas ferramentas e dessas habilidades. Isso é uma questão de motivação. Tudo pode ter sido deixado numa gaveta do cérebro ou numa estante, e o profissional coach ajuda qualquer profissional, muitas vezes, a encontrar essa automotivação”, conta a professora.


A mulher, ao falar da experiência que teve, cita Jesus Cristo ao dizer que é preciso viver o hoje, e deixar o amanhã para amanhã, deixando de lado as ansiedades. “Um dia vocês está aqui. Outro dia você está ali. Daqui a pouco, você está mais ali. É aquela história de Jesus Cristo, né?! Você precisa mesmo é deixar de lado as ansiedades e viver o agora, o hoje. É isso que você precisa fazer primeiro: entender isso e deixar a ansiedade de lado”, argumenta a profissional.


DSC_0478Mas, de fato, o principal fator para estes excelentes números são os resultados extraordinários obtidos através do processo de coaching. E é por isso que empresas dos mais variados níveis e setores estão investindo pesado em treinamentos desse nível para gestores e líderes melhorarem o desempenho de suas equipes em ambientes de trabalho. As empresas ganham em agilidade, os resultados aparecem e é por isso que o coaching se destaca cada vez mais no mercado.


O mercado de coaching no Brasil está apenas engatinhando seus primeiros passos. São apenas cinco anos de considerável margem de crescimento. Vale dizer que há oportunidades para todas as especializações de coaching, e toda sociedade pode se beneficiar do processo como um todo.


Pessoas também podem se beneficiar muito com o processo de coaching. Problemas de relacionamento, de saúde, financeiro, ou até melhoria de desempenho como pessoa e/ou profissional podem se tornar casos de sucesso para quem passa por este tipo de processo.

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Formada em Terapia Renascedora, e atualmente atuando com Master Coach Senior, Caterine Castro, conversou com o ac24horas e falou um pouco acerca do que é realmente o coaching. Para Caterine, a metodologia coaching tinha a capacidade de integrar todos os conhecimentos por ela já adquiridos. Isso, segundo ela, a incentivou a desenvolver ações da área mesmo exercendo a função de procuradora de estado.


Caterine fez questão de frisar a “capacidade do coaching em conectar o ser humano com a sua essência verdadeira, trazendo uma consciência e uma qualidade de vida que reflete nas suas ações e comportamentos”, acredita ao dizer que o coaching nada mais é que “a arte de perguntar”, seguindo a filosofia de Sócrates.


Para ela, o processo é “um conjunto de técnicas e ferramentas que apoiam a pessoa ao realizar suas metas, planos e sonhos; a se realizar como seres humanos”, ao lembrar que tudo começou na área dos esportes, fazendo com que as pessoas possam “fazer em três meses o que normalmente seria feito em um ano”, visto que no coaching nunca se tem uma resposta, mas questionamentos que acabam por fomentar a criatividade do coachee.


Caterine acredita que “quando o líder acha que já tem as respostas prontos, deixa-se de fomentar a criatividade. Tudo s torna autorrepressor. As pessoas tem a capacidade de criação, e juntas, elas tem, ainda que conscientes, a capacidade de criação”, afirma.


Para a treinadora, quem lidera é o cliente e ambos acabam aprendendo após as sessões. “Todo mundo é igual, respeitando as suas diferenças. É preciso respeitar as diferenças. Se todas as flores fosse amarelas não seria tão legal. O bom mesmo é ter diferenças, e analisar as diferenças, as mudanças”, propõe a coach acreana.


A profissional explica que uma das maiores dificuldades de mudar hábitos ou comportamentos está ligado às crenças e valores. “É como se isso tomasse conta da minha vida. Quem sou eu? Eu tenho alguém que me observa? Então, o coaching nos dá um novo posicionamento. Isso é uma cultura focar no erro. No coaching, um dos pontos básicos é saber que todos os seres humanos tem um direito, todos podem errar da mesma forma. O que temos é que olhar e ver de que maneira devemos ficar. Muitas vezes a pessoa tem um comportamento que machuca os outros. Aqui, vamos avaliar se nosso comportamento é o ideal e está sendo congruente com o que queremos resultar”, aponta.


Pesquisas nacionais apontam que os empresários representam 80% dos clientes de uma empresa de coaching. Eles buscam o coaching para desenvolver neles mesmos novas habilidades ou contratam o serviço para ser aplicado nos funcionários.


caterine 02Segundo Castro, “as empresas, com a Revolução Industrial, elas tinha a cultura de operacionalizar. As empresas foram sentindo na pele que se elas não tivessem uma boa relação com o pessoal que trabalha ali, o negócio não andaria para frente. Hoje em dia altos executivos de centro, como Rio [de Janeiro] e São Paulo, ou mesmo alguns conselheiros da ONU [Organização das Nações Unidas] hoje em dia possuem um coach”, revela.


Questionada se o coaching faz com que o participante se sinta mais independente, Caterine explica que “no coaching se aprende que ‘ser diferente não é errado; é apenas ser diferente’. Você está interligado com as pessoas, e estar autointerligados e tomar decisões respeitando a decisão dos outros. Nesse momento você vai pensar só em si? Não. Você precisará analisar como serão afetadas as pessoas do entorno. Todos eles sentem o coaching. Ele nos dá essa autonomia, mas sempre analisando você e também os outros”, completa ao dizer que o ser humano é como um “papinho mudo que as vezes precisa manter-se calada para deixar que o outro sapinho fale”, aponta.


Ainda segundo a palestrante, o processo dá aos participantes o “empoderamento”, com todo o “potencial e magnitude” que ainda nem foram descobertos dentro de uma pessoa. Geralmente, explica a profissional, que procura o procedimento já tem em mente o que realmente quer,e não fica se vitimizando em pontos específicos.


“Coaching não é uma terapia. O coaching não dá conselhos e nem diagnósticos. Isso não é consultoria. É uma técnica que dá resultados. A pessoa que quer fazer é que terá de ter despertado esse querer de mudar. Muitos não identificam problemas como problema, mas, quando isso ocorre, e elas percebem isso como um problema, elas estão pré-dispostas a mudar, a avançar nos desafios da vida”, finaliza.


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