Enquanto praticamente ainda não apareceram nomes para disputar a prefeitura de Rio Branco, no segundo maior município do Acre, a lista é enorme. Parece que a saída de Vagner Sales (PMDB) da prefeitura de Cruzeiro do Sul está animando os concorrentes. O atual prefeito não pode ir para a reeleição e nem indicar parentes para sucedê-lo. Assim não existe nenhum candidato que teria uma identificação direta com ele para contar com a sua força eleitoral. É nesse vácuo que muita gente vai se aventurar. O pretendente mais comentado no momento é o ex-deputado federal Ilderlei Cordeiro (PR). Teve uma votação expressiva em 2014 na tentativa de se eleger à Câmara Federal, 13 mil votos. Não é da simpatia do atual prefeito, mas pode ter o apoio do senador Gladson Cameli (PP) de quem é amigo de infância. Outro que já avisou que não desistirá da candidatura é o ex-presidente da Câmara Municipal, vereador Romário Tavares (PSDB). Se não tiver legenda no seu partido deve procurar outra. Entre os tucanos existem mais dois nomes, o empresário Marcelli Tomé (PSDB) e o médico Dr. Hamilton (PSDB). O PMDB tem a alternativa de filiar o empresário Assem Cameli ou apostar no ex-candidato a estadual e procurador do município Jonathan Donadoni (PMDB).
Coelho da cartola
Outros nomes de partidos de oposição ainda podem aparecer para disputar a prefeitura de Cruzeiro do Sul. Mas uma coisa é certa: o prefeito Vagner Sales jamais abrirá mão de indicar alguém. Ainda que esse nome esteja complicado no momento.
Os pretendentes da FPA
O sonho do grupo que governa o Acre há 17 anos é ganhar a prefeitura de Cruzeiro do Sul. Mas falta ainda um nome competitivo. As opções, por enquanto, o professor Marcelo Siqueira (PT) ou o ex-presidente da Associação Comercial, Marco Venício.
Precipitação
Na minha avaliação a FPA errou ao lançar o Marcelo candidato a deputado estadual. A votação dele foi sim expressiva, acima dos dois mil votos. Mas alguns caciques aproveitaram o fato de não ter sido eleito para descartá-lo.
Questão de carisma
Marco Venício é um empresário da nova geração de cruzeirenses. Tem origem humilde e venceu nos negócios com muita batalha. Mas ainda lhe falta um certo “traquejo” na política. Acho o Marco um pouco ingênuo para enfrentar o “mundo cão” que é uma eleição.
Eternos nomes
É preciso considerar que Henrique Afonso (PV) deve mudar de partido e pode ser candidato novamente. O deputado federal César Messias (PSB) só seria candidato se houvesse um pedido muito forte. Mas não acredito que tope.
Força eleitoral
O atual deputado estadual Josa da Farmácia (PTN), na minha avaliação, é o que tem maiores condições de vitória pela FPA. Mas não sei quais seriam as suas condições de governabilidade. Às vezes é mais fácil vencer uma eleição do que fazer uma boa administração.
Bola fora
Ainda não sei os motivos que levaram o prefeito de Rodrigues Alves, Burica (PT), a demitir o seu secretário de Educação, Orleíson. Mas seja qual for, cometeu uma besteira. O rapaz é qualificado e estava fazendo um ótimo trabalho no município.
Herança política
Aos poucos a deputada federal Jéssica Sales (PMDB) vai assumindo o seu papel político. Ela tem feito como a sua mãe, ex-deputada Antônia Sales (PMDB). Subindo e descendo rios do Juruá para conversar com as comunidades mais isoladas.
Trabalhar aonde?
Me disseram que o prédio da Câmara de Rio Branco continua alagado. Os vereadores devem retomar esta semana as atividades. Mas não se sabe aonde se as águas não baixarem mais nas próximas horas.
A fuga de Dilma
Acho que vai pegar bem para a presidente Dilma Rousseff (PT) aparecer na mídia nacional ajudando os alagados do Acre. Sair de Brasília nesse momento político “quente” deverá ser um alívio pra ela. Afinal, entramos na semana das manifestações pró impeachment.
O Dia D, de Dilma
No próximo domingo, dia 15, a oposição vai mostrar se tem ou não força para derrubar a presidente. A guerra nas redes sociais está intensa. Se as manifestações forem um “fiasco” tudo voltará ao normal. Mas se atraírem multidões a coisa pode ficar complicada.
Foco errado?
Não entendo como querem solucionar as cheias do rio Acre distribuindo casas populares. Claro que essa é uma das medidas pra tirar o pessoal de áreas de risco. Mas e o rio? É preciso providências para reflorestar as suas margens e retirar o excesso de areia do seu leito. Urgente.
A hora do debate
Acho importante que a ALEAC retorne essa semana suas atividades. Os deputados estaduais terão a chance de apresentarem suas sugestões e avaliações sobre esse momento delicado que o Acre está vivendo. Quem sabe alguns podem sugerir ideias interessantes? Ao contrário da maioria dos meus colegas jornalistas não acho que essa legislatura seja pior que a anterior. Tenho visto parlamentares com bom potencial para realizarem um debate consequente. Além disso, observei que alguns deputados se empenharam mais em montar equipes qualificadas de assessoria. Prefiro ser otimista e torcer para que essa legislatura produza algo relevante para ajudar os acreanos a viverem melhor.
