Esta briga que saiu do debate político para o campo de agressões pessoais entre a deputada federal Mara Rocha (PSDB) e o governador Gladson Cameli é uma pendenga da qual não sairá um vencedor. Ninguém ganha absolutamente nada. Não adianta ficar açulando. Pelo contrário, ambos perderão. Até porque a troca de acusações vem se dando em meio a uma linguagem destemperada para os cargos que ocupam. Tenho acompanhado as redes sociais e as reações são negativas. E muito negativas!
As relações políticas, quando chegam ao nível de esgarçamento a que chegaram neste confronto, ficam sem volta. A Mara e o Gladson, por bom tempo, vez por outra, andam trocando farpa. Já virou novela de gosto duvidoso, e de previsão de final nada feliz.
Aliança política é como casamento conflituoso, quando não dá certo é melhor ir cada um para o seu lado.
Se o Gladson Cameli tiver lido a obra de Nicolau Maquiavel, “O príncipe,” e se não leu precisa ler, deveria ter aplicado um de seus principais ensinamentos políticos; de que, quem está no poder deve tomar as medidas mais duras de uma vez.
Não era para ter deixado esta briga chegar ao estágio que chegou.
No primeiro confronto sério com a Mara, o Gladson como governador deveria ter apartado a farinha, tirava seu grupo do governo, cada um iria para o seu lado e não se teria hoje esta ladainha.
Alianças políticas não são eternas. Aliás, eternos só os diamantes!
Quanto mais postergar esta medida vai prolongar o desgaste que atinge diretamente ambos. Mente quem disser que este tipo de briga favorece ao governador na opinião pública. Ninguém pense que um será mais prejudicado que o outro, e a continuar a briga vão protagonizar o abraço dos afogados, indo juntos para o fundo.
E esta Ópera-bufa da política só vai acabar quando cada um for tomar o seu rumo, encerrando com a participação da parlamentar no governo.
O que também não será o fim da carreira da Mara. É carismática.
A não ser que o governador Gladson seja masoquista e goste de ficar sofrendo um desgaste desnecessário, ele tem que pôr um fim neste episódio. Sem mais delongas.
SENTAR PARA REFLETIR
O governador Gladson Cameli deveria sentar para refletir sobre a sua situação política. Se observar bem, a aliança que esteve na sua campanha para o governo está ruindo como um castelo de cartas. E ninguém venha dizer que ter aberto este fosso é bom politicamente.
ESQUECER OS FALCÕES
O governador Gladson precisa colocar de lado os falcões que o aconselham de que, ficar indo para o confronto com os que estiveram no seu palanque é um bom caminho. Não tem mais o MDB, o PSDB e nem o PSD, no seu guarda-chuva de apoios. Isso é bom para seu futuro? Não!
SOBRARAM AS FRANJAS
Do conglomerado de partidos que esteve na sua campanha e o ajudou a tirar o PT do poder, só restaram algumas franjas de apoio. Vamos ler o quadro, sem querer agradar: o PT com a FPA ficou 20 anos no poder enquanto esteve unida. No dia que brigou internamente, como na eleição passado para o Senado, perdeu a eleição. O PT levou 20 anos para se desunir, e a aliança que elegeu o Gladson Cameli para o Governo se espatifou em menos de três anos.
NÃO SE SABE
Não se sabe o que passa pela cabeça do governador Gladson para romper com as aliados que estiveram no seu palanque, na eleição passada. Não consigo entender! Alguém está lhe dando corda errada. Até porque o perfil do Gladson não é o do confronto e nem da intolerância.
DEVERIA OUVIR MAIS
Deveria ouvir mais as vozes conciliadoras do seu governo como a do chefe do gabinete civil, Ribamar Trindade, e da sua secretária de Comunicação, Silvânia Pinheiro. Ouvir mais as cabeças brancas da política, que poderiam lhe dar mais luz. Ruim para ele, isso não ocorrer.
PESQUISA DECIDE
O senador Sérgio Petecão (PSD) disse ontem ao BLOG que referenda uma aliança entre o seu partido e o PROGRESSISTAS, na disputa da prefeitura de Cruzeiro do Sul. Mas que a escolha sobre quem será cabeça da chapa, se o Zequinha (PP) ou o Henrique Afonso (PSD), se dê em uma pesquisa específica entre ambos. Sintetizando: não há ainda o pacote fechado.
NÃO SE IMPORTA
As pesquisas não têm mostrado o prefeito de Epitaciolândia, Tião Flores (PROGRESSISTAS), em boa colocação. Mas isso parece não lhe incomodar, está convicto de que vai ganhar a eleição. A sua tese de que o Gladson retiraria candidaturas para deixar apenas a dele, não ocorreu.
TIRO NO ESCURO
Aliás, não só o prefeito Tião Flores, mas os demais que foram para o PROGRESSISTAS certos que o governador Gladson iria os ajudar materialmente com a máquina, deram um tiro no escuro, jamais esperavam acontecer o que aconteceu: o governador ter se afastado do PP.
COMO FUMAÇA DE CIGARRO
Ninguém que vai disputar a eleição; ou quem está no poder, não fique fazendo a leitura que os resultados de pesquisas são perenes. A validade de uma pesquisa é como a fumaça de cigarro, se esvai no momento seguinte. E pesquisa não elege ninguém, o que elege é a campanha.
NÃO FAÇAM ESSA CONTA
Ninguém faça a conta de ter o MDB como aliado, seja no segundo turno em Rio Branco, seja em 2022 na disputa do Governo e do Senado, sem conversar com o presidente do MDB, deputado federal Flaviano Melo. Falo do que conheço como a palma da minha mão.
É QUEM COMANDA
Não entro no mérito do seu desempenho à frente do MDB, mas é sim a sua liderança maior.
MERCADORIA FORA DA PRATELEIRA
Prometer que vai levar o MDB para alguma aliança em 2022 sem ouvir o Velho Lobo Flaviano Melo, é o mesmo que oferecer ao cliente uma mercadoria que não existe na prateleira.
SÓ OBSERVANDO
“Estou só olhando o que está acontecendo, não sei aonde vão chegar”. Senador Petecão (PSD).
MULHER NA DISPUTA
Entre as mulheres que vão disputar uma vaga para a Câmara Municipal de Rio Branco está a professora Sirlene Luz (MDB), que leciona na rede estadual de ensino. É bom ver cada vez mais mulheres buscando espaços na política. E, só se conquista mandato disputando eleição.
EQUILIBRADA
A campanha para a PMRB não começou para se ter um referencial mais preciso, mas os números internos de partidos que tenho visto até aqui, apontam para uma disputa equilibrada, com três nomes praticamente em empate técnico e um quarto não muito distante. Como as pesquisas não foram registradas não podemos publicar os percentuais.
AGUARDAR A BIG DATA
Vamos aguardar a pesquisa do instituto “BIG DATA” da RECORD, que deve ser divulgada nos primeiros dias do próximo mês. Em cima dos números, dará para fazer algumas avaliações, já que deverá ser registrada na justiça eleitoral.
POUCO DIVULGADO
A gestão da prefeita Socorro Neri tem um trabalho que não teve a divulgação que merecia, pela sua amplitude social: o que leva medicamentos e assistência na casa dos que precisam de atendimento especial e não podem se locomover. Venhamos e convenhamos: bela ação.
HOMEM FORTE
O delegado Emylson Farias é um cara de sorte, mesmo tendo sido candidato a vice-governador na chapa derrotada do candidato Marcus Alexandre (PT), ainda assim todo o seu grupo de confiança é quem dá hoje as cartas na Secretaria de Segurança. O que é a política, né?
ARTICULADOR NATO
Pode-se não gostar da linha ideológica do senador Márcio Bittar (MDB), por ser um bolsonarista extremado, mas ninguém pode lhe tirar o mérito de ser um hábil articulador, em Brasília, emplacando a Relatoria do Orçamento da União e cotado para presidência do Senado.
TODO O DIREITO
O deputado Nicolau Junior (PROGRESSISTAS) tem todo o direito de lutar para que o seu partido tenha candidato próprio a prefeito de Cruzeiro do Sul, porque se ele não brigar pelo partido o adversário não vai brigar. Se, ele vai eleger seu candidato a prefeito e mais embaixo.
NÃO É FÁCIL
Em qualquer cenário, não será fácil bater hoje a candidatura do Fagner Sales (MDB) a prefeito.
A PARADA SERIA DURA
Se todos os candidatos a prefeito de Feijó deixassem os seus egos de lado e se unissem em torno de uma candidatura a parada seria dura para a reeleição do prefeito Kiefer (PP). A oposição com quatro candidatos espalha os votos, e pode levar um vareio nas urnas.
FATO COMPLICADOR
Três prefeitos vão ter sérios problemas por conta de projetos de engenharia. Aguardem!
FRASE MARCANTE
“As pessoas que falam muito mentem sempre, porque acabam esgotando seu estoque de verdades”. Millôr Fernandes, jornalista e escritor.