Depois de quase duas horas de portas fechadas, terminou na noite desta sexta-feira (14) a reunião entre a vice-governadora e pré-candidata ao governo, Mailza Assis (PP), e a cúpula do MDB acreano. O encontro, realizado na sede do Diretório Regional do partido, em Rio Branco, foi considerado positivo por ambos os lados e marcou um avanço concreto na tentativa do Progressistas de consolidar o MDB em sua aliança para 2026. Na próxima terça-feira (18), será a vez do senador e pré-candidato a governador Alan Rick e o seu partido, o Republicanos, cortejar a aliança.
Ao deixar o diretório, Mailza falou com a imprensa e declarou, com visível otimismo, que a união com o MDB está “bem mais próxima do que já esteve”. A pré-candidata destacou que a conversa foi “excelente” e que as demandas apresentadas pelos emedebistas estão dentro do que o Progressistas está disposto a negociar.
“Foi ótimo, uma conversa excelente, as coisas estão se ajustando e o veredito final vem depois, através do partido. Conto com essa união. O MDB é muito importante, entendemos que essa participação deles é fundamental para o nosso projeto e que tudo que foi colocado é necessário para que essa união aconteça. Nada está fora das possibilidades, das condições que nós temos para que essa aliança se construa”, afirmou.
Vagner Sales confirma avanços, mas diz que decisão ainda leva tempo
O presidente estadual do MDB, Vagner Sales, também classificou a reunião como produtiva, confirmando que todos os pleitos do partido foram discutidos e que o governo demonstrou abertura total às demandas.
Segundo ele, o MDB saiu do encontro convencido de que tem espaço para ocupar a vaga de vice, a vaga de senador ou até as duas, caso a aliança avance. “O MDB tem todas as condições de fazer parte nessa chapa, ou com a vaga de senador, ou com a vaga de vice-governador, ou os dois juntos”, disse o Sales.
Vagner destacou ainda que o governo se dispôs a ajudar na formação das chapas proporcionais e a incluir o MDB na elaboração do plano de governo – pontos considerados essenciais pelo partido. Apesar disso, o presidente freou a expectativa de que após a reunião, o partido tenha forte tendência a um dos pré-candidatos. “Hoje seria difícil dizer que o MDB vai tomar uma decisão para um lado ou para o outro. Vamos ouvir o outro candidato, rodar o interior, conversar com os diretórios municipais e colocar as propostas na mesa”, explicou.
Vaga ao senado não foi discutida
Vagner também afirmou que não entrou na mesa o impasse envolvendo a segunda vaga ao senado – que o governador Gladson Cameli vem dizendo que seria uma indicação do senador Márcio Bittar.
“Não, não foi discutida a questão da segunda vaga do Senado ser o Márcio Bittar, até porque esse processo ainda está muito indefinido”, pontuou, apontando ainda incertezas envolvendo o prefeito Tião Bocalom, que pode disputar o governo, e o próprio cenário do PL, partido de Bittar. Para Vagner, o MDB continua podendo ocupar qualquer posição majoritária, inclusive o senado.
“Ainda tem muita coisa pra ser resolvida, por exemplo: o Bocalom é candidato a governador? O Fábio Araújo, que é vereador e está dentro do processo, diz que ele é candidatíssimo. Se ele é candidato, o Márcio é do PL, ele também é do PL, pra onde o Márcio vai? Vai ficar no apoio a Mailza? São coisas que ainda tem que ser discutidas”, finalizou.


















